Máscara desenvolvida na USP promete mais tempo de proteção.| Foto: Divulgação
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Uma máscara desenvolvida no Brasil, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), promete acabar com a troca periódica do item. Se as máscaras cirúrgicas hoje precisam ser trocadas e descartadas a cada duas horas, a chamada Phitta Mask promete efeito antiviral e eficiência de filtração bacteriana por 12 horas.

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Além disso, a nova máscara tem ainda o benefício de poder ser usada em outro dia, caso não atinja o tempo total de uso. O lado negativo é que ela não pode ser lavada e reutilizada, justamente por causa do material que a faz ser um item de alta proteção.

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Como funciona

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O diferencial da máscara está em um produto aplicado no material, cujo nome é mantido em segredo por causa do pedido de patente. Essa substância interage com o oxigênio do ar tornando-o mais reativo, inativando o novo coronavírus.

“O oxigênio, quando entra em contato com o tecido, se torna tão ativo quanto uma água oxigenada. Quando o vírus entra em contato com o material, ele é inativado. O diferencial é a produção contínua de pequenas quantidades em equilíbrio de um oxidante, usando uma substância que já existe naturalmente, e a segurança de um produto que não apresenta toxicidade relevante e é isento de metal”, destaca o professor Koiti Araki, do Laboratório de Química Supramolecular e Nanotecnologia do Instituto de Química, da USP, uma das parceiras do projeto, juntamente com o Instituto de Ciências Biomédicas, da mesma universidade e a empresa Golden Technology.

A substância não tem toxicidade, visto que em pequena quantidade é suficiente para inativar o SARS-CoV-2. “O material pode ser processado em qualquer sistema de incineração convencional sem deixar resíduos tóxicos”, diz Araki.

O produto foi testado no Laboratório de Virologia Clínica e Molecular do ICB, coordenado pelo pesquisador Edison Luiz Durigon, onde teve  99,9% de eficácia na eliminação do vírus. Ela está em processo de aprovação na Anvisa e está disponível no mercado a R$ 1,70 cada unidade.

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Teste em pacientes

As máscaras foram testadas em pacientes diagnosticados com Covid-19 no Hospital das Clínicas, que usaram a máscara comum por duas horas e depois a máscara com o ativo por duas horas. Os indivíduos fizeram testes PCR antes e depois do uso das máscaras. O efeito antiviral de 99,9% foi observado em máscaras cirúrgicas, algo não visto em máscaras N95.

Apesar da descoberta, especialistas reforçam que máscaras de qualquer tipo ainda não garantem 100% de segurança e deve fazer parte de um conjunto de cuidados preventivos, que incluem o distanciamento social e a higienização constante das mãos.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]