Eficácia de vacina da Sinopharm que pode fazer parte do consórcio Covax Facility foi divulgada em revista científica
Eficácia de vacina da Sinopharm que pode fazer parte do consórcio Covax Facility foi divulgada em revista científica| Foto: Wikimedia Commons

Dados preliminares de eficácia de mais uma vacina contra a Covid-19 foram divulgados. Desta vez, foi o imunizante desenvolvido pela farmacêutica chinesa Sinopharm, que recebeu no início de maio a aprovação de uso emergencial pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

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A liberação pela entidade internacional permite que a vacina faça parte do consórcio Covax Facility, programa global que fornece vacinas à diversos países. O Brasil é um deles.

Os resultados do estudo de fase 3 indicaram que a vacina produzida pelo laboratório da Sinopharm em Pequim oferece uma proteção de 78,1% contra casos sintomáticos da Covid-19. Ao levar em consideração os casos assintomáticos, a taxa de eficácia chegou a 73,5%.

A pesquisa foi publicada na revista científica Journal of the American Medical Association (JAMA), na última quarta-feira (26). Até o momento, mais de 200 mil doses do imunizante foram aplicadas em diversos países, como a própria China. Na América Latina, Argentina, Bolívia, Peru e Venezuela já aprovaram o uso da vacina, de acordo com o Covid-19 Vaccine Tracker, desenvolvido por pesquisadores canadenses da Universidade McGill.

Vacina de vírus inativado

O imunizante em questão, conhecido por BBIBP-CorV, é produzido a partir do coronavírus inativado. Essa é a mesma estratégia usada na vacina de outra farmacêutica chinesa, a Sinovac, para a produção da Coronavac – produzida pelo Instituto Butantan e aplicada no Brasil.

As vacinas do tipo inativadas usam o vírus inteiro, porém desativado. Assim, é incapaz de causar a doença. Ao entrar em contato com esse vírus "morto", o sistema imune aprende a se defender.

Segunda vacina da Sinopharm

O estudo ainda trouxe os dados de outra vacina desenvolvida pela Sinopharm, mas pela subsidiária de Wuhan. Usando a mesma tecnologia, vírus inativado, esta segunda vacina apresentou uma eficácia de 72,8% contra casos sintomáticos e de 64% ao incluir casos assintomáticos.

Esse segundo imunizante ainda está em processo de solicitação do uso emergencial pela OMS. Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores se basearam nos dados coletados no ano passado de mais de 40 mil voluntários de dois países: Emirados Árabes e Bahrein.

Divididos em três grupos (os que receberam a vacina da Sinopharm/Wuhan; os que receberam o imunizante da Sinopharm/Pequim e o grupo controle), os pesquisadores identificaram 142 casos sintomáticos da doença. No grupo que recebeu a vacina Sinopharm/Wuhan, 26 apresentaram a infecção. No grupo do imunizante Sinopharm/Pequim, apenas 21. Já no grupo controle, que não recebeu nenhuma das duas vacinas, foram identificados 95 casos de Covid-19.

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