Uma dieta equilibrada no pós-parto beneficia a mãe e o bebê, pois tudo o que ela ingere pode ter influência na criança.
Uma dieta equilibrada no pós-parto beneficia a mãe e o bebê, pois tudo o que ela ingere pode ter influência na criança.| Foto: Bigstock

Ter uma alimentação balanceada deveria ser regra para todos, mas no pós parto, especialmente, as mulheres precisam ficar ainda mais atentas ao que ingerem. Principalmente nos primeiros meses de vida, em que o leite materno deve ser a única fonte de alimento do bebê, tudo aquilo que a mãe come pode ter alguma influência na criança.

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Daniele Sugahara sempre gostou muito de chás e assim que o filho Noah nasceu, ela procurou uma nutricionista para se informar sobre quais os tipos de bebida poderia ou não consumir. “A primeira coisa que as pessoas de mais idade dizem é que chá de hortelã não pode. E na verdade foi ótimo para mim porque ajudava muito na digestão”, conta. Ela ainda completa: “Mãe de primeira viagem tem muita dúvida. Internet ajuda, mas tem tanta informação que um profissional é fundamental nessas horas”.

Amamentação

Especialista em saúde da mulher, a nutricionista Aline Todesco esclarece que amamentar exige muito do corpo da mulher. “A mãe gasta, em média, 1,2 mil calorias por dia só para produzir o leite”, afirma. Mas o consumo de calorias não pode ser desenfreado. Até porque vários alimentos podem prejudicar o bebê. “Bebida alcoólica e amendoim não podem ser consumidos. O álcool pode passar pro bebê e o amendoim pode causar alergia”, explica a nutricionista.

Luciane Stall também passou a fazer acompanhamento nutricional no pós parto. Ela conta que cortou vários alimentos para evitar que a filha, Catarina, tivesse cólicas. “Eu diminuí consideravelmente o sal, não como quase nada de açúcar e acrescentei bastante coisa integral”, revela. Não é a preocupação em recuperar o peso de antes da gestação que motiva a funcionária pública. O pensamento é a saúde do bebê. Feijão e brócolis também não entram na dieta, pelo menos por enquanto.

Alimentos industrializados, com muito sódio e aromatizantes, também devem ser evitados, alerta Aline. O consumo leite de vaca, pela mãe, deve diminuir, assim como a ingestão de carboidratos. Com relação ao aleitamento materno, a orientação é ingerir alimentos ricos em proteína e muita água. Isso tudo estimula a produção de ocitocina, hormônio responsável pela produção do leite.

Equilíbrio fundamental

A frequência alimentar também é fundamental para a mãe. Por mais que seja difícil manter uma rotina logo após o nascimento de um filho, a nutricionista enfatiza a importância de se fazer ao menos três refeições por dia. Não é hora de fazer dietas malucas e restritivas para perder peso. “O ideal é um café da manhã com proteína e um bom carboidrato, no almoço abusar de vegetais e consumir uma proteína. No jantar, a mesma coisa do almoço. Nada de jejum intermitente”, orienta.

Para a Daniele, a alimentação nesse período fez muita diferença. O Noah já está com 3 meses e até agora segue ganhando peso normalmente, quase sem episódios de cólica ou noites em claro. Um alívio para a mãe. “O Noah está 100% no leite materno e é ótimo saber que não falta nenhum nutriente pra ele”, diz ela.

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