Novos dados sobre as infecções entre os britânicos foram divulgados pelo Imperial College of London nesta quinta-feira (18)
Novos dados sobre as infecções entre os britânicos foram divulgados pelo Imperial College of London nesta quinta-feira (18)| Foto: Bigstock

Crianças e jovens foram os mais infectados pelo novo coronavírus na Inglaterra durante a primeira quinzena do mês de fevereiro, de acordo com um novo estudo do Imperial College. A pesquisa, repercutida pelo jornal britânico The Guardian nesta quinta-feira (18), aponta que o número de novos casos de Covid-19 caiu em todas as faixas etárias, mas que os grupos de crianças de 5 a 12 anos e de jovens de 18 a 24 são os que mais contraíram a doença no período avaliado.

De acordo com o estudo React 1, o terceiro "lockdown" nacional conseguiu achatar a curva de infecções no país, mesmo com as novas variantes em circulação, com o número de novos casos caindo 2/3 em comparação ao período anterior, com cerca de 200 infecções registradas entre 4 e 13 de fevereiro — quase o triplo do valor foi contabilizado entre 6 e 21 de janeiro.

Os pesquisadores afirmaram que não há informações em seus dados sobre o impacto do programa de vacinação do Reino Unido na queda de infecções, uma vez que a redução observada entre as pessoas com mais de 65 anos é similar ao que foi identificado em outras faixas etárias.

Apesar da queda geral, o estudo mostrou que as crianças e os jovens registraram uma maior prevalência da doença que os demais grupos etários. Os motivos ainda não foram comprovados, mas a equipe que realizou o estudo sugeriu que, no caso das crianças mais novas, a continuidade do ensino presencial — uma pesquisa descobriu em fevereiro que quase 1/4 dos alunos está tendo aulas presencialmente — poderia justificar os dados.

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Reabertura das escolas

O estudo reacendeu o debate sobre a reabertura das escolas. Na Inglaterra, está previsto para 8 de março e no País de Gales e na Escócia, 22 de fevereiro.

O professor Steven Riley, um dos autores do relatório do Imperial College, disse que a reabertura pode aumentar ligeiramente a reprodução do vírus, mas que a mudança é uma prioridade mais alta, já que o país deixou o bloqueio. Riley defendeu uma "transição delicada".

Apesar da preocupação com a hipótese de que aulas presenciais da educação fundamental possam explicar o número de casos encontrado em crianças, o diretor do programa React, Paul Elliott, enfatizou que as infecções podem ter sido contraídas fora da sala de aula, como durante o trajeto das crianças para a escola.

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