Observar diariamente a sauturação de oxigênio pode fazer diferença, principalmente em casos da condição silenciosa.
Observar diariamente a sauturação de oxigênio pode fazer diferença, principalmente em casos da condição silenciosa.| Foto: Bigstock

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) publicou nesta quarta-feira (9) uma atualização informativa com recomendações em relação à Covid-19. Entre os apontamentos feitos por infectologistas membros da sociedade, o destaque fica para a importância de se detectar, o quanto antes, a hipóxia, que é a falta de oxigênio no sangue e nos órgãos.

Isso porque, segundo os infectologistas, “pacientes que evoluem com pneumonia grave, com hipóxia, necessitam de internamento hospitalar”. Estão mais suscetíveis a quadros graves indivíduos com 60 anos ou mais, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), doença cardiovascular (insuficiência cardíaca, insuficiência coronariana, cardiomiopatia), diabetes tipo 2, obesidade (IMC de 30 ou mais), doença renal crônica, imunocomprometidos (receptores de transplante de órgãos, pessoas que vivem com HIV e tem contagem de linfócitos T CD4+ baixa, indivíduos com câncer), anemia falciforme.

Hipóxia silenciosa

Detectar os primeiros sinais de hipóxia é fundamental, pois que é comum que ela ocorra de modo silencioso, quando parte dos pulmões está comprometida, porém sem que o indivíduo sinta ainda alguma falta de ar importante.

Para isso, o oxímetro digital, um aparelho que mede tal parâmetro pelo dedo, de forma não-invasiva, deve ser usado diariamente por aqueles pacientes de risco para Covid-19 grave. Para que se faça um bom uso do equipamento, é importante seguir as orientações de um médico de confiança.

Segundo o documento da SBI, a pneumonia com hipóxia (oximetria digital com saturação de oxigênio menor que 95%) costuma ocorrer no 7º dia de sintomas (entre o 5º e o 9º dia) em grande parte dos pacientes e tem desfecho positivo na maioria dos casos.

“Ao se detectar esta pneumonia com hipóxia, em geral quando o comprometimento pulmonar é igual ou superior a 50%, o tratamento hospitalar com oxigenioterapia, dexametasona (corticoide) e heparina (anticoagulante) profilático fará com que a maioria dos pacientes evolua bem e sem necessidade de ventilação mecânica (respirador) na UTI”, dizem os infectologistas no documento.

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