Brasil tem 55% dos pacientes recuperados pela Covid-19
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O Brasil possui, até esta terça-feira (4), 14.026 pessoas recuperadas da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Os dados foram divulgados na entrevista coletiva realizada pelos técnicos do Ministério da Saúde nessa mesma data.

Esse número representa 55% dos infectados, de acordo com João Gabbardo dos Reis, secretário executivo da pasta:

"Só posso falar de paciente recuperado se tiver a confirmação que ele teve a doença. Não posso falar dos assintomáticos. Temos 25.262 pacientes comprovados [para o novo coronavírus]. Desses, 1.532 vieram à óbito. E temos 9.704 pacientes internados ou que estão aguardando o resultado de exame. Recuperados, hoje, nessa data, são 14.026: 55% das pessoas que tiveram diagnóstico comprovado", explica.

Ainda segundo o secretário, antes de informar esses números, o Ministério da Saúde realizou uma pesquisa com outros países para verificar como as informações sobre os pacientes recuperados da doença eram divulgados. "Até se criou uma narrativa um tanto estranha de que o Ministério propositadamente não apresentava o dado de recuperação, tentando criar uma imagem de que o bicho seria pior do que realmente é. Não é nada disso", comentou o secretário.

Garantia de imunidade?

Os números de pessoas que se recuperaram da Covid-19 é importante para entendermos a evolução da doença, mas ainda não explica uma dúvida comum entre pesquisadores e especialistas: passar pela doença garante anticorpos, ou uma imunidade, contra o vírus no futuro?

E, se garantir os anticorpos, por quanto tempo eles serão capazes de proteger o corpo contra esse vírus? Meses, anos? Essas são perguntas para as quais ainda não há respostas certas ou diretas.

Conforme lembra o médico imunologista Marcello Bossois, ainda não se sabe também se o vírus pode ficar em estado de latência no organismo humano, como é o caso também da catapora.

"O vírus fica no organismo e pode se manifestar mais tarde como herpes-zóster. Mas também tem a hipótese de o vírus estar em mutação e, apesar de produzir os anticorpos de memória, eles não seriam suficientes para proteger de outras mutações", explica o médico, que reforça que boa parte das informações relacionadas ao novo coronavírus são hipóteses, e não consenso.

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