De acordo com fundo financiador, a vacina russa deve começar a ser distribuída em caráter preliminar em dezembro de 2020
Segundo o Instituto Gamaleya, desenvolvedor da vacina, o imunizante garante imunidade de até dois anos contra o novo coronavírus.| Foto: Bigstock

O Brasil é o país "absolutamente prioritário" para recebimento da vacina russa contra a Covid-19, a Sputinik V, afirmou nesta segunda-feira, 19, Kirill Dmitriev, CEO do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF, na sigla em inglês), que financiou os estudos do imunizante.

A Sputinik V deve começar a ser distribuída em caráter preliminar no país em dezembro de 2020, segundo Dmitriev, com aplicação em massa nos primeiros meses de 2021. Em pronunciamento voltado à América Latina, o CEO do RDIF apontou que a vacina experimental está em fase de realização de estágios clínicos no Brasil, mas que espera aprovação "em breve". "A vacina provou 100% de eficácia", garantiu Dmitriev. "Uma pequena porcentagem de pessoas pode ter febre, mas até agora não tivemos complicações graves", acrescentou.

Brasil, Índia, China e Coreia do Sul são os países em que o RDIF espera produção em grande escala. México e Venezuela foram citados como outros parceiros na região, e Argentina e Peru, como alvos de possíveis expansões.

Produção em dezembro

Na mesma coletiva, foi anunciado que o Brasil deve começar a produzir em larga escala, já em dezembro doses da vacina russa contra a Covid-19, Sputnik V. A farmacêutica responsável é a União Química.

Os russos informaram que começaram a transferir tecnologia para os brasileiros, mas que leva alguns meses para preparar para uma produção em larga escala. Como se trata de uma emergência, o processo está sendo feito de forma acelerada e deverá estar concluído em dezembro.

Índia, Coreia do Sul e China são outros três países que, ao lado do Brasil, vão produzir a vacina russa em larga escala. Na Índia a produção começa em novembro. Segundo os russos, em todos os testes feitos na Rússia até agora não houve a constatação de nenhum efeito colateral grave. Os únicos efeitos notados foram febre, mal estar passageiro e dor no local da injeção.

Ainda segundo o Instituto Gamaleya, desenvolvedor da vacina, o imunizante garante imunidade de até dois anos contra o novo coronavírus.

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