Para idosos, adotar a medida não traz benefício líquido algum à prevenção de doenças cardiovasculares.
Para idosos, adotar a medida não traz benefício líquido algum à prevenção de doenças cardiovasculares.| Foto: Bigstock

A recomendação de usar aspirina (ácido acetil-salicílico) para prevenir doenças cardiovasculares (DCV) está em processo de revisão, pelo menos nos Estados Unidos. Entre essas doenças estão o infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.

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Na última terça-feira (12), a Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA (USPSTF), um painel independente do governo e composto de especialistas em atenção primária e prevenção revisou recomendações feitas por eles mesmos em 2016, concluindo que o uso recorrente desse medicamento popular deve ser limitado do ponto de vista da prevenção.

Segundo o novo documento, para adultos de 40 a 59 anos com risco de doença cardiovascular de 10% ou mais (segundo uma equação de riscos cardiovasculares de associações médicas norte-americanas) em 10 anos, "a decisão de iniciar o uso de aspirina em baixas doses deve ser individual e as evidências indicam que o benefício líquido desta medida neste grupo é pequeno", diz a recomendação.

A nova recomendação cita que quem não apresenta risco aumentado de sangramento — principalmente gastrintestinais e intracranianos — e estão dispostas a tomar aspirina em baixas doses todos os dias têm maior probabilidade de se beneficiar da medida.

Idosos e aspirina

Já para adultos com 60 anos ou mais, a USPSTF recomenda que não se inicie o uso de aspirina em baixas doses para a prevenção primária de DCV. A conclusão é de que a medida não traz benefício líquido algum à prevenção de doenças cardiovasculares.

Como o risco de sangramento aumenta lentamente com a idade, a força-tarefa indica ser razoável considerar a interrupção do uso do medicamento por volta dos 75 anos.

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