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Um tuíte do padre Fábio de Melo causou polêmica ontem. “Menos Deus e mais responsabilidades humanas. Este é o eixo de coerência para a maturidade da fé”, escreveu o sacerdote de manhã. O post recebeu quase 5 mil curtidas e foi retuitado 3 mil vezes.

Antes disso, tinha começado o assunto em dois outros tuítes, dizendo: “O perigo de em tudo ver a ação divina é perder a clareza dos desejos desordenados que nutrimos, atribuindo a Deus o resultado dos excessos. Uma linguagem predominantemente religiosa pode servir de esconderijo para os que não pretendem esclarecer suas reais intenções”.

Ainda antes, perto da meia-noite e meia, o padre havia tuitado: “No Oriente Médio, há excesso de Deus, por exemplo. O que falta é humanismo, solidariedade, respeito e amor às questões humanas”. O tuíte, porém, parece ter sido apagado.

Reações

O tuíte gerou reações de aprovação e de desaprovação. Muitos seguidores questionaram a ambiguidade do discurso do padre cantor. Mesmo concordando com a sua intenção, muitas pessoas consideraram a expressão inapropriada.

A usuária @allanacsd, por exemplo, tuitou: “Daria pra falar perfeitamente, não culpe Deus por suas falhas, não fique esperando somente por Deus. Agora falar menos Deus?”

Boa parte das pessoas que comentaram o tuíte destacaram a ligação entre a fé verdadeira e a responsabilidade humana. Dentro dessa linha de argumentação, o usuário @adreanu questionou: “Por que não ‘mais Deus e mais responsabilidades humanas’ se Deus ensina a ser responsável?”

Na tarde do mesmo dia, o padre José Eduardo de Oliveira e Silva, da Diocese de Osasco, conhecido nas redes sociais, postou no seu perfil no Facebook: “Mais Deus, sempre! Menos desequilíbrio!” O post teve mais de 2 mil curtidas.

Explicações

Pouco mais de duas horas depois do tuíte, quando sua afirmação já tinha gerado bastante repercussão, padre Fábio passou a se explicar melhor: “Menos Deus e mais responsabilidades humanas é igual a: não fuja do que lhe diz respeito, não jogue sobre Deus a mudança que só você pode fazer”.

“A expressão ‘menos Deus’ está contextualizada. Ela se refere ao escudo que Dele fazemos para justificar nossas negligências humanas”, justificou-se o padre, que pouco depois ironizou: “Precisamos demorar mais na interpretação de um texto. Ajuda a passar no Enem, por exemplo”.

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