Arte exposta em parede dentro dentro da igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém. (foto: Bigstock)| Foto:

Depois de meses de pesquisa e anos de conflitos, a restauração do túmulo de Jesus, na cidade velha de Jerusalém, começou oficialmente no fim de junho, graças a uma doação de 1,3 milhão de dólares para a causa.

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A World Monuments Fund, uma instituição voltada à preservação do patrimônio cultural mundial, anunciou que a doação de Mica Ertegun, viúva do co-fundador da Atlantic Records, uma gravadora e produtora musical dos Estado Unidos, permitirá que o trabalho de conservação dentro da Igreja do Santo Sepulcro comece para valer, reportou o The Guardian.

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Pelos próximos nove meses, especialistas da Universidade Técnica Nacional de Atenas restaurarão a capela que se localiza sobre a tumba de Jesus, para onde o corpo de Cristo foi levado após a crucificação e de onde teria ressuscitado. É o primeiro trabalho de restauro desde 1810, quando houve um incêndio no local.

Depois de limpar as camadas de fuligem geradas pelas velas, a equipe grega vai estabilizar a estrutura da capela com argamassa e parafusos de titânio. O trabalho envolve o uso de radar, escaneadores a laser e drones, e será realizado sobretudo à noite, para permitir o contínuo acesso de peregrinos ao santuário, informou o jornal inglês.

Os membros da equipe já fizeram trabalhos de restauração em outros lugares importantes, como a Acrópole de Atenas, mas dizem que a Igreja do Santo Sepulcro é uma tarefa especial. “É um ambiente desafiador. Muito profundo e também muito excitante”, disse Antonia Moropoulou, uma das líderes da equipe, ao The Washington Post.

Há anos o lugar requer atenção profissional. A capela corre o risco de desabar e há uma rachadura na tumba. “O trabalho finalmente começou, e já não era sem tempo”, disse Peter Vasko, presidente da Fundação Franciscana para a Terra Santa. “O lugar está caindo aos pedaços”, disse o padre.

Esforços anteriores para lançar um projeto de restauro foram paralisados por disputas internas entre os administradores do local. Seis denominações cristãs – católicos romanos, ortodoxos gregos, ortodoxos armênios, ortodoxos sírios, etíopes e coptas – dividem a custódia do templo.

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Segundo a BBC, o trabalho vai se focar na Edícula, a antiga câmara que aloja o túmulo de Jesus – o ponto em que os cristãos dizem que o corpo de Jesus foi ungido, envolvido em um lençol e sepultado.

Estima-se que o projeto vai custar cerca de 4 milhões de dólares. Além da doação de Ertegun, a obra está sendo financiada por ofertas das comunidades cristãs que compartilham o templo e por uma doação do rei da Jordânia, Abdullah II.

 

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Com informações de BBC, Washington Post e The Guardian.

Colaborou: Felipe Koller