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Crianças DinamarquesasCrianças dinamarquesas: o que as pessoas mais felizes do mundo sabem sobre criar filhos confiantes e capazes
Jessica Joelle Alexander e Iben Dissing Sandahl
Fontanar, 2016. 144 p.

Os pais e mães que leem este blog certamente se preocupam em deixar uma herança para os filhos. Não apenas isto, mas provavelmente têm a consciência de que a maior herança que pode ser deixada não é em valor monetário, mas em valores espirituais, sobretudo a boa educação, que permanecerá em qualquer situação. No entanto, será que compreendemos que educar é muito mais do que prover uma boa escola para as nossas crianças? Será que já pensamos que a melhor educação é a educação para a maturidade?

Ao longo dos seis capítulos centrais que formam o acrônimo FILHOS (F de farra, I de integridade, L de linguagem, H de humanidade, O de opressão zero e S de socialização), as autoras discorrem sobre os mais diversos pontos daquilo que seria o “método dinamarquês”, valorizando sempre a noção de que os pais devem estar conscientes de si nos momentos educativos (e por isso antes de educar é preciso educar-se) e apresentando simpáticos conceitos, como o Hygge (lê-se riga), que diz respeito à valorização intensa dos momentos de sociabilidade.

Por fim, se indicamos a leitura, não podemos dizer que tudo são flores; além de um estilo um tanto “arrastado”, o que talvez justifica-se pela tentativa de ser lido mesmo por pessoas que não cultivam hábitos literários, o livro traz já em seu título, e como pressuposto da obra, uma ideia de felicidade bastante frágil, ao levar em conta as estatísticas que dizem que a Dinamarca é o país mais feliz do mundo. Para que se realize um estudo estatístico, é preciso de dados numéricos, quantificáveis. Com que parâmetros se mede estatisticamente algo tão íntimo quanto a felicidade?

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