Foto: divulgação/Marcha pela Vida de Fortaleza
Foto: divulgação/Marcha pela Vida de Fortaleza| Foto:

No próximo dia 7 de outubro, a capital cearense recebe pela nona vez a Marcha pela Vida. Trata-se de uma das maiores e a 2ª mais antiga manifestação do tipo no país, atrás apenas de Brasília, que realizou a primeira. O evento se tornou tão importante na cidade que desde 2012 consta no calendário oficial de eventos do município. E a marcha é apenas uma das várias iniciativas que concedem à Fortaleza um perfil pró-vida tão forte.

O Movida (Movimento em Favor da Vida) é o promotor do evento e uma das mais influentes entidades em defesa da vida desde a concepção no país. Foi criada em 2008 – ano da primeira marcha -, a partir da percepção de que era necessário que a população entendesse melhor o tema. “Na realidade, a gente percebeu que haviam muitas ações contrárias à vida sendo manipuladas por uma pequena minoria, sem a população ter noção disso, e vimos a necessidade de levar a discussão da defesa da vida a todos. Por isso nós fomos criados, para poder levar a conscientização e informação do tema para a todos ”, explica Fabiano Farias de Medeiros, coordenador do movimento.

Ações pró-vida e pró-família que todo município deveria adotar

O grupo não tem ligação com nenhum partido e também não é vinculado a nenhuma religião – o que costuma ser comum em outras entidades pró-vida. O objetivo, diz Medeiros, é o compromisso de salvar vidas.

Entre os trabalhos do Movida está o acompanhamento das ações judiciais e projetos de lei que possam ferir o direito à vida, e a promoção de ações de conscientização popular sobre a importância de se lutar pela vida humana desde seu início. A preparação para a Marcha é feita gradativamente, ao longo do ano, de modo que a população seja motivada aos poucos para engajar-se nas ações de rua. “É preciso estreitar laços, entrar na casa, nas paróquias, nos grupos, para que no fim eles estejam com a gente lá”, diz Medeiros.

Ele explica, ainda, que todo esse ativismo é materializado no Centro Humanitário de Amparo à Maternidade (CHAMA), que atende gestantes com seus bebês, mães com problemas de dependência química, que se encontrem em situação de abandono ou que não tenham condições financeiras de se sustentar naquele momento. As mulheres que ali chegam são atendidas até que o bebê nasça e podem permanecer por mais dois meses. Durante esse tempo, diz Medeiros, elas têm a oportunidade de fazer alguns cursos, participar de palestras sobre prevenção às drogas e acesso à ajuda de assistentes sociais que procuram programas governamentais que possam atender às necessidades delas, como o Luz Social e o Bolsa Família. Além disso recebem o acompanhamento de psicólogos, terapeutas e especialistas em dependência química que participam do trabalho.

 

Esclarecimento e cuidado

Outra instituição com grande força no estado é a Associação Casa Luz, fundada por Magnólia Moura de Almeida, em dezembro de 2013. A instituição também tem como um de seus trabalhos, o acompanhamento de ações políticas no país e na cidade. O trabalho da Casa Luz foi importante, por exemplo, para a criação da Frente Parlamentar de Defesa da Vida em Fortaleza. Mas, segundo Magnólia, o foco principal é o atendimento às mulheres que cogitam abortar. “É quando ela dá sim à vida que então recebe nosso apoio. Nossa forma de acolhimento não é o de oferecer um lugar para ficar, pois trabalhamos em conjunto com a CHAMA, que recebe essas mulheres. Nós cuidamos para que ela compreenda a dignidade da vida humana. É um trabalho que atua com o livre arbítrio para decidir e isso faz até parte do nosso estatuto: é apenas esclarecimento, não impomos nada. Falamos, inclusive, da questão de saúde com ela”, conta.

Por que a geração de 80-90 é a mais pró-vida de todos os tempos

Nesses três anos e nove meses de trabalho, a Casa Luz tem 121 registros de mulheres que passaram pelo local, mas que não receberam necessariamente o atendimento dos voluntários. Porém, de acordo com Magnólia, entre todas aquelas que optaram por conversar sobre o assunto e entender o que se passava com elas, 80% desistiram do aborto.

Um dado importante trazido pela ativista, é o de que, ao contrário do que é dito no discurso pró-aborto, as mulheres que chegam à Casa Luz não são adolescentes, negras ou pobres. “Essa não é a nossa realidade. Aqui é a mulher entre 23 e 35 anos, em sua maioria. Elas já estão formadas ou na universidade e são dentistas, advogadas, sociólogas e até mulheres com mestrado que nos procuram”, diz.  Do universo citado por Magnólia, a faixa entre os 28 e 31 é o foco principal da associação.

 

Apoio cinematográfico

As ações em defesa da vida em Fortaleza têm ainda um importante parceiro. Trata-se da Estação Luz Filmes, empresa que produz e traz para o país, principalmente, títulos relacionados ao espiritismo, mas que também contribui ativamente com o movimento pró-vida. Seu fundador, Luiz Eduardo Girão, é um conhecido apoiador das entidades ligadas à causa na cidade e, em mais de uma ocasião, foi o principal responsável pela exibição de filmes com impactantes mensagens pró-vida nos cinemas brasileiros.

Foi o caso do documentário Blood Money, de 2013, sobre a indústria do aborto nos Estados Unidos. A Estação Luz não apenas levou o filme para várias capitais como trouxe ao país o diretor norte-americano David Kyle, que foi entrevistado pelo Blog da Vida.

Também chegou ao país graças à Estação Luz o filme Doonby, drama pró-vida estrelado por um dos atores da mundialmente conhecida série Smallville. Entre os documentários nacionais, produzidos pela própria Estação Luz, estão Eu, Vitória e Flores de Marcela.

 

*****

Recomendamos também:

***

Curta nossa página no Facebook e siga-nos no Twitter.

Deixe sua opinião