Muitas vezes pessoas que expressam gratidão subestimam a felicidade que esse gesto traz ao destinatário.
Muitas vezes pessoas que expressam gratidão subestimam a felicidade que esse gesto traz ao destinatário.| Foto: Bigstock

Você deixa de realizar alguns gestos de gratidão porque preocupa-se que a outra pessoa pode achar estranho? Bem, agora você pode se dedicar a espalhar carinho e gentileza com base científica.

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É que pesquisadores da Universidade de Chicago e da Universidade do Texas descobriram que pessoas que expressam gratidão subestimam a felicidade que esse gesto traz ao destinatário e exageram a sensação de estranheza que ele experimenta.

E não é só isso. Essas pessoas também subestimam a sensação que eles mesmos experimentam ao expressar sua gratidão. Segundo o estudo, publicado na revista científica Psychological Science, a grande barreira que nos impede de realizar gestos gentis – chamados pelos pesquisadores de “comportamentos pró-sociais” – é a forma como julgamos a nós mesmos. Enquanto aquele que deseja realizar gestos assim acha que o mais importante é se a carta estará bem escrita ou se o gesto será caprichado, os destinatários não usam as mesmas medidas.

O estudo realizou quatro experimentos, pedindo que os participantes escrevessem uma carta a alguém que os ajudou ou de alguma forma os fizeram se sentir agradecidos. Os pesquisadores pediram também que esses participantes predissessem como os destinatários das cartas se sentiriam.

Depois que os emails ou as cartas físicas foram enviados, os pesquisadores entraram em contato com os destinatários para entender como eles se sentiram. Independentemente do tamanho da carta ou da “qualidade” redacional do texto, a felicidade dos destinatários superou o que os remetentes esperavam. Além disso, nenhum deles se sentiu “estranho”, ao contrário do que previam os remetentes.

“Constatamos esse padrão repetidas vezes”, diz um dos autores do estudo, Nicholas Epley. “Acho que o que mais me surpreendeu foi a robustez dos resultados”. É o que também considera o coautor Amit Kumar: “Os gestos eram ainda mais positivos para os destinatários do que esperávamos”, relata.

“É uma boa ideia superar os receios e pôr a mão na massa, vencendo as barreiras para escrever uma carta. Talvez seja o ato em si que importa, não as palavras. Isso melhora a nossa própria felicidade e o bem-estar da outra pessoa, mais do que prevíamos”, finaliza.

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