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Uma recente pesquisa feita no Peru pelo instituto Datum revelou que a maioria dos habitantes do país rechaça o projeto de união civil entre pessoas do mesmo sexo apoiado por parlamentares da base governista. A pesquisa, publicada em 9 de setembro, mostra que 65% dos entrevistados são contra o projeto e apenas 28% são a favor. 7% não responderam à pergunta.

O projeto de lei foi apresentado pelo congressista Carlos Bruce em setembro de 2013. Juristas advertiram que a proposta legislativa é na verdade um “casamento acobertado”.

Em março de 2015, o parlamento peruano rechaçou definitivamente a proposta de Bruce. Depois de ser reeleito para o parlamento, desta vez pelo partido Peruanos por el Kambio (PPK) – o mesmo que conquistou a presidência da república, com Pedro Pablo Kuczynski –, ele e outro congressista, Alberto de Belaunde, ambos homossexuais, anunciaram que apresentariam novamente um projeto de lei de união civil homossexual.

Em entrevista ao jornal El Comercio, no fim de agosto, De Belaunde assegurou que o casamento homossexual “deve ser o nosso horizonte”, mas admitiu que “hoje é mais fácil conseguir consenso para uma figura jurídica como a união civil”. “Esperamos que no futuro consigamos consenso para o casamento igualitário”, disse.

O arcebispo de Lima, o cardeal Juan Luis Cipriani, propôs aos políticos por meio de um programa de rádio que realizem um referendo sobre o tema, perguntando à população se aprovam a união civil homossexual ou não. “Que consultem o povo, também aos mais simples”, disse Cipriani.

O cardeal pediu também que seja submetida a referendo a distribuição pública da pílula do dia seguinte, que tem potencial efeito abortivo. “Que perguntem a esse povo simples se querem a pílula do dia seguinte. Não com sondagens mais ou menos manipuladas, mas com perguntas claras”, afirmou.

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