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Há pais que fazem de tudo para estar presente na vida dos filhos. Outros encaram a responsabilidade como um fardo ou até como um emprego de meio período em que é necessário estar disponível somente por algumas horas por dia. No entanto, todos têm algo em comum: fortes traços da criação que tiveram.

De acordo com o escritor norte-americano Mark Merrill, o relacionamento que cada homem teve com seu pai influencia na forma com que ele trata seus filhos. Mas ele alerta para o fato de que essa experiência não precisa, necessariamente, precisa ditar as regras desse relacionamento. “Quando olhamos para a nossa infância, há muitas coisas que desejamos que nossos pais tivessem feito, ou não”, afirma ele em um artigo publicado no site All Pro Dad.

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E é nesse olhar para o passado que cada homem identifica o que deve fazer diferente na sua família, sem que as feridas emocionais afetem negativamente o desenvolvimento da próxima geração. “Nossos filhos merecem que sejamos a melhor versão de nós mesmos, como homens, e sirvamos como um projeto do que o ‘pai verdadeiro’ deveria ser”, pontua Merrill, que fundou a organização norte-americana Family First, com o objetivo de fortalecer famílias.

Segundo ele, um dos primeiros passos que um homem precisa para desempenhar melhor a função paterna é analisar como tem agido e decidir como quer continuar. Afinal, “o tipo de pai que nos criou – seja bom, ruim, mediano ou ausente – pode explicar como homens, mas não nos desculpam como pais”, garante o escritor, que enumerou algumas versões de pais existentes na atualidade e convida os homens a escolherem qual desejam seguir.

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1. Pai companheiro

Ele não é um pai perfeito, mas procura estar presente de forma consistente e emocional. Esse homem está ativamente envolvido, atento, disponível e acessível a seus filhos. Se esforça em fortalecer o vínculo com as crianças, ouvi-las e protege-las.

2. Pai distante

Esse é o pai que se ausenta sem nem sair de casa, ou seja, está fisicamente presente, mas não de forma emocional. As crianças o veem, mas não podem falar com ele porque está sempre no escritório, no quarto ou na sala e faz questão de isolar-se da família, sem conversar ou expressar sentimentos. “Ele pode não ser necessariamente um pai ruim, mas está emocionalmente separado dos demais”, afirma Merrill.

3. Pai presente

Esse tipo de pai é aquele que supre as necessidades físicas, emocionais e espirituais não só dos filhos, mas da família como um todo. Além disso, ele não tem medo de demonstrar seus sentimentos, pois sabe que desta forma consegue ter mais empatia. “Ele não tem medo de afirmar seu amor por seus filhos e, quando estão em sua presença, todos se sentem seguros e protegidos”, segundo Merril. Esse homem também costuma dividir mais as tarefas de cuidado dos filhos com a esposa, sendo também responsável por ajudar com as tarefas de casa, idas ao médico, e até faz um novo arranjo em sua vida profissional, para atender igualmente a demanda do lar.

“Nossos filhos merecem que sejamos a melhor versão de nós mesmos, como homens”

4. Pai apenas no papel 

De acordo com Merrill, esse é o homem que apenas participou do processo de concepção da criança e não tem comprometimento com a tarefa de criá-los e nem está envolvido com eles. “Seus filhos nem sabem quem é ou onde ele está. Eles podem nunca ter se conhecido e, provavelmente, não o reconheceriam se o encontrassem”, afirma o escritor. Além disso, com o passar dos anos, a dificuldade de aproximação é ainda maior porque “a dor e a vergonha de voltar são grandes demais”.

5. Pai de ocasião

Para ele, a tarefa de pai é semelhante a um emprego de meio período. Por isso, ele só se envolve com seus filhos ocasionalmente, separando alguns momentos durante a semana ou passeando com as crianças aos sábados e domingos. Sua intenção pode até ser boa, mas os filhos exigem muito mais tempo do que ele está disposto ou é capaz de oferecer e isso afeta o desenvolvimento das crianças.

6. Pai em dobro

Esse é um daqueles pais que, por força das situações inesperadas da vida se torna o único referencial das crianças em casa. Há alguns meses, no Sempre Família, contamos a história de Ton Kohler, que após perder a esposa devido a uma parada cardíaca, passou a se dedicar integralmente aos filhos e criou um canal no Youtube com dicas para outros pais. “Decidi que iria mostrar o quanto sou forte e capaz de criar meus filhos da melhor maneira possível”, contou o publicitário na ocasião. Ainda que conte com a ajuda de familiares, ele não terceiriza a criação de seus filhos.

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