A palavra-chave é acolhimento. É acolher a todos naquilo que cada um tem de diferente e enxergar beleza nisso.
A palavra-chave é acolhimento. É acolher a todos naquilo que cada um tem de diferente e enxergar beleza nisso.| Foto: Bigstock

Mesmo em uma família com duas pessoas, consenso o tempo todo não existe. Em uma casa cheia de crianças, então, piorou! As diferenças são normais, assim como as brigas, mas é possível viver em um ambiente harmonioso, em que todos se sintam parte da família. Sabendo respeitar as individualidades de cada filho e até de si, tem como os pais conciliarem as disputas desde que estabeleçam regras e saiam da zona de conforto.

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“Como mãe, psicóloga e educadora, posso falar que a relação entre pais e filhos é fundamental para a criança”, começa dizendo Thaís Simião Sava, psicóloga e pedagoga. É o que faz os filhos aprenderem a respeitar o próximo e identificar o que realmente importa, segundo ela. Tanto dentro de casa como nos relacionamentos extrafamiliares.

Só que como toda pessoa tem características e personalidades próprias, ressalta Thaís, é importante que cada pessoa na casa entenda seu papel e saiba respeitar a hierarquia. “Pai tem que saber que é pai. Mãe é mãe. O filho mais velho, o do meio e o mais novo. Cada um tem uma função e todos precisam fazer a família funcionar, com muito diálogo”, afirma ela.

Ana Priscilla Christiano, psicóloga e professora do curso de psicologia da PUCPR, destaca que mesmo que a criação seja exatamente a mesma, as crianças terão jeitos diferentes e lidarão de forma diferente com cada situação. A partir do momento em que os pais entenderem essa dinâmica fica até mais fácil controlar as crises e desentendimentos. “A palavra-chave é acolhimento, é acolher seu filho naquilo que ele tem de diferente de você. Não tem problema ele ser diferente”, diz.

E as cenas de ciúme não precisam ser um bicho de sete cabeças também. Entre irmãos é comum que a disputa por atenção exista e criança sabe o que dizer pra deixar os pais com um certo peso na consciência. Para isso, também tem remédio, segundo Ana Priscilla. “Em algumas coisas a gente se identifica mais com um filho e em outras, com o outro filho. Não tem problema, faz parte das relações humanas. Isso não quer dizer que não tem cuidado ou amor envolvido”, reforça.

Thaís insiste que o diálogo é a melhor alternativa nessas ocasiões e alerta que isso deve ser feito desde a primeira infância. Conversar e explicar as situações o tempo todo demonstra respeito. Ela ainda conclui com uma orientação bem relevante: “A gente não cria robôs. São seres humanos, com sentimentos, cada um tem sua individualidade, sua vontade” e completa que, estabelecer rotina e regras é o segredo para a harmonia.

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