Site Alugando e Brincando foi criado para alugar brinquedos e já na primeira semana de funcionamento oito itens foram alugados
Andressa percebeu nos brinquedos dos filhos que estavam parados em casa, uma oportunidade de ensinar valores importantes| Foto: Arquivo pessoal

O foco em entreter os filhos durante a pandemia fez a engenheira ambiental curitibana Andressa Guadagnin Takeda, de 40 anos, ter uma ideia para facilitar a vida de outros pais. Ela lançou a plataforma a Alugando e Brincando, em que aluga brinquedos com os quais os próprios filhos dela – Samuel, de 9 anos, e Ágatha, de 3 anos – já estão cansados de brincar.

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A ideia surgiu durante uma arrumação feita por Andressa, para deixar os brinquedos de Samuel e Ágatha organizados. Foi ali que ela percebeu a grande quantidade de peças que estavam encostadas em casa. “Pensei em quanta criança poderia estar brincando com tudo aquilo. E foi brincando de loja com meu filho que surgiu a ideia do site Alugando e Brincando”, revela Andressa, que alugou oito brinquedos já na primeira semana em que o site estava no ar.

O serviço, disponível somente para Curitiba, funciona assim: os brinquedos ficam disponíveis no site e variam desde bonecos de super-heróis a jogos de tabuleiro, passando por videogame, bichinhos de pelúcia, bonecas e brinquedos de montar. O preço do aluguel varia de R$ 15 a R$ 180 e pode ficar com a criança que alugar por 15 dias. “Estipulamos o prazo juntos. Meus filhos me ajudaram. Duas semanas seria o suficiente para a criança brincar até começar a enjoar”, estima a mãe. 

O preço também foi calculado para ser o mais justo possível. “Pesquisamos os valores dos brinquedos nas lojas e fizemos uma porcentagem do valor. Tem brinquedos que são mais raros e isso acaba interferindo, ganhando um peso maior”, conta Andressa

Para manter a integridade das peças, ela também elaborou uma política para o caso alguma estragar. “Pensamos num valor para repor estragos, num menor custo possível, considerando o valor de 70% do usado. Assim, fica justo e não assusta os pais, caso fiquem preocupados caso alguma parte do brinquedo estrague”, revela.

Desapego e novo aprendizado

Com a ideia de aluguel de brinquedos, Andressa conversou com os dois filhos e eles logo toparam a ideia. “A gente fez uns combinados e tem coisas que a gente não deixou para o aluguel. São meia dúzia que são os xodós deles. Já com os outros brinquedos, o Samuel fica feliz em deixar para a locação. Eu acho que a geração deles já faz parte dessa condição. É uma coisa natural pra eles, de compartilhar, dividir”, conta a mãe.

Para disponibilizar para a locação, todas as peças foram limpas e higienizadas. “A gente teve todo cuidado com a higienização, separamos os brinquedos com plástico e colocamos numa sacola de TNT. Lavei tudo com água e sabão mesmo, como se eu fosse entregar para os meus próprios filhos. Na retirada, ainda faço mais uma higienização com álcool 70% na parte externa”, explica. A entrega pode ser feita na casa da família que alugou e pode haver uma pequena taxa, de acordo com o deslocamento.

Programa de fidelidade

Andressa tem intenção de expandir o negócio e até criar um plano de fidelidade para os clientes. “Como um pacote mensal, com um número de brinquedos, onde possam ir trocando mensalmente. Ainda não fechamos totalmente, mas está em planejamento”, explica. A engenheira ainda espera juntar mais brinquedos para poder viabilizar a proposta.

A ideia também é de fazer com que os clientes possam ir acumulando pontos conforme for alugando e, depois de uma certa quantidade, ganhar uma locação grátis.

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