Mesmo que alguns sinais só sejam percebidos mais no fim da gestação, é importante conhecê-los para evitar um nascimento prematuro.
Mesmo que alguns sinais só sejam percebidos mais no fim da gestação, é importante conhecê-los para evitar um nascimento prematuro.| Foto: Bigstock

O trabalho de parto é a preparação do organismo para o principal momento da gestação. O nascimento do bebê gera expectativa e vem acompanhado de muitas dúvidas. Reconhecer exatamente quando a mulher está pronta para o parto é importante para evitar ansiedade e uma ida desnecessária ao hospital, por exemplo.

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As primeiras contrações, normalmente não dolorosas, são as de treinamento, que podem ocorrer, inclusive, ao longo da gestação. Não há regularidade e só causam um ligeiro desconforto. O ginecologista e obstetra Carlos Maestri explica que as contrações mesmo tem características específicas. “São duas ou três a cada 10 minutos, mas só isso não basta para caracterizar o trabalho de parto”, esclarece. É preciso que a mulher tenha dilatação de, pelo menos, três centímetros, que evolui para 10 até o momento do nascimento.

À medida que as horas passam, variando muito em cada caso, as dores começam a aumentar e a frequência das contrações, também. Quando estão ritmadas e o intervalo entre elas diminui (para cinco minutos, por exemplo), aí sim pode-se dizer que o trabalho de parto já iniciou. A perda do tampão mucoso, responsável pela vedação entre o útero e o meio externo, é um sinal importante, mas pode ocorrer dias antes do parto. “É uma rolha de muco que é liberada no fim da gestação”, afirma o médico. Em alguns casos passam 15 dias entre a saída do tampão e a chegada da criança.

O rompimento da bolsa é o principal sintoma de que o bebê está a caminho, mas nem sempre ocorre naturalmente. Existem casos em que é o médico que provoca a ruptura. O esperado é que aconteça após as contrações, que se intensificam com a saída do líquido.

Na hora certa

Esses sinais todos, normalmente são percebidos bem no final da gravidez, quando o bebê já está pronto para nascer, depois da 37ª ou 38ª semana. O médico alerta, porém, como é importante se atentar a tudo isso ao longo da gestação justamente para evitar um nascimento prematuro. “Entender esses sintomas é essencial para que a gente consiga inibir o trabalho de parto antes da hora”, justifica.

Para se preparar para o nascimento, o corpo da mulher passa por mudanças. O útero dilata e os ossos da bacia se abrem, para permitir a passagem do bebê. Por isso quanto mais avançada a gestação, maior a dificuldade da mulher em caminhar. A contrações servem para estimular as fibras musculares do útero. Quando processo todo ocorre de forma um pouco mais lenta o parto é facilitado. “Se for algo súbito é mais difícil ir da dilatação zero para a total”, diz o obstetra, que destaca: “Algumas mulheres levam de quatro a seis horas e outras levam de 18 a 24, então não há uma regra”.

Proximidade com médico

Mesmo que todos os sinais se apresentem, não há motivo para correria ou desespero. O ideal é já avisar o médico que acompanha a gestante logo no início, quando as primeiras contrações ocorrerem e só ir para a maternidade quando já houver mais certeza de que o bebê está mais próximo de nascer.

Algumas situações, porém, exigem preocupação, principalmente a partir da 27ª semana. Sangramento da gestante pode indicar descolamento de placenta. Dor de cabeça ou de estômago muito intensa pode ser sinal de pressão alta, ou pré-eclâmpsia. Se o bebê não mexer por mais de quatro horas, pode estar passando por alguma dificuldade. Em todas essas ocasiões a gestante deve ir ao hospital.

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