A timidez na adolescência afeta a estabilidade psicológica, a satisfação pessoal e as relações sociais.
A timidez na adolescência afeta a estabilidade psicológica, a satisfação pessoal e as relações sociais.| Foto: Bigstock

Aquele que é tímido está sempre preocupado com o que vai dizer e como fará isso. Comumente ele faz críticas negativas sobre si e tem um nível de ansiedade bastante elevado, o que os impede de realizar algumas tarefas, já que a confiança não é uma característica forte de sua personalidade. E quando esse comportamento está presente na vida de um filho adolescente, os pais precisam ajudar.

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Particularmente, a fase da adolescência já é cheia de novidades. Então como lidar com esse filho que está descobrindo seu lugar no mundo, mas que tem ainda a timidez para enfrentar? “A timidez na adolescência afeta a estabilidade psicológica, a satisfação pessoal e as relações sociais”, explica o psicólogo Ricardo Regidor Sánches, para o Hacer Familia. Segundo ele, ainda, a timidez cria problemas que tornam difícil ao jovem conhecer novas pessoas, fazer novos amigos e até mesmo mantê-los.

O que fazer para ajudá-lo a vencer a timidez?

Se seu filho é excessivamente tímido e inseguro, esforce-se para conseguir que esse caráter introvertido não paralise suas relações com os outros. Adotar uma atitude protecionista é uma tentação, mas o adolescente precisa, gradualmente, ser esforçar para conhecer e manter amizades. Por isso, incentive-o.

Além disso, é fundamental conversar (falar e escutar) com o adolescente tímido e evitar fazer comparações. Deixe que ele se expanda, saia de seu mundo e aprenda a compartilhar suas inquietações.  Nesse sentido é importante fortalecer sua autoestima, elogiando os pontos em que ele tem especial facilidade. O contato com outros adolescentes que tenham os mesmos passatempos que os seus pode ser o ponto de partida para que ele comece a se soltar e se integrar.

Veja mais algumas dicas para lidar com a timidez de um filho adolescente:

  1. É necessário ajudar o adolescente a assimilar o valor de conceitos como esforço, vontade, luta, entrega, etc., pois esse é um primeiro passo nas relações de amizade, que exigem várias destas atitudes.
  2. Devemos abandonar as posturas excessivamente protecionistas para exigir do adolescente solitário algum esforço no lar, como pôr a mesa e arrumar a cama. Não permita comodidades que reforcem sua ociosidade, como deixar que se levante na hora que querem ou que fiquem de pijama durante todo o fim de semana.
  3. O fato de não sair com os amigos e ficar sempre em casa pode ser o sintoma de algum outro problema como, por exemplo, a existência de complexos, bullying no colégio, etc.
  4. Motive o adolescente a compartilhar seus hobbies com outros meninos e meninas. Pode ser inscrevendo-o em uma academia numa atividade que lhe agrade, numa associação juvenil, num grupo de voluntariado. Se não há interesse, será necessário usar de esperteza para que faça amizades, mas sem forçar as relações.
  5. Não há problema que escutem música e que fiquem encantados em estar isolados com seus fones de ouvidos e seus celulares, mas não podem fazer isso na hora da comida ou da conversa familiar.
  6. Limitar as horas de vídeo games, televisão e celulares, e estabelecendo com o adolescente um limite de tempo diário.
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