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Se tinha uma emissora que produzia e também transmitia programas sensacionais, na década de 90, era a TV Cultura. Lembro que eu me dava ao trabalho de levantar cedo durante a semana, só para assistir ao Rá-Tim-Bum e ao Glub Glub. Aqui, inclusive, quero manifestar meu pesar, ao descobrir como eram feitos os personagens do programa. Tudo era magia na minha cabeça, até eu saber que obviamente, eles usavam o tal cromaqui. A imagem abaixo pode ser forte…HAHAH!

Reprodução/Youtube Reprodução/Youtube

Mas passando desse trauma, vamos ao que interessa. Os programas da TV Cultura realmente continham cultura. Não eram só brincadeiras ou desenhos feitos para entreter. Tudo tinha um fundo educativo! Desde as aberturas que eram sempre muito coloridas, criativas e com músicas bem pensadas e produzidas. Por isso, separei aqui sete dos que eu mais gostava e que, até hoje, se estou trocando de canal e vejo que está passando, eu paro para assistir. Atualmente a TV Rá-Tim-Bum, da tevê paga, reprisa muitos deles, senão todos!

Rá-Tim-Bum: ele foi exibido no início da década de 90 e durou quatro anos. Eu não sei você, mas eu ficava hipnotizada com a abertura. HAHAH! Foi com esse programa que certamente você aprendeu a musiquinha de lavar as mãos e a importância de um bom banho, com aquelas pessoas vestidas com cara de porquinho. Ele foi pensado para crianças no período de alfabetização ainda, e por isso focava bastante no ensino dos números e cores, por exemplo. Falando em cores, se tinha um programa em que as pessoas eram coloridas, era esse! Lembram da Darlene, uma repórter de cabelos cor-de-rosa, e da Cacilda, a editora de cabelos azuis? E professor Tibúrcio? Sempre trazendo ensinamentos relevantes para o universo infantil. No quadro “Viu como se faz”, ficávamos maravilhados em saber como alguns objetos eram feitos. Eu fiquei impressionada quando vi sobre o vidro, por exemplo. E a aquela contadora de histórias, que usava materiais simples como lápis, cadernos e até sanduíches para ilustração?

Glub Glub: apresentado por dois peixinhos, o Glub e a Glub, o programa foi transmitido entre 1991 e 1999. Quando eu era criança era sensacional ver os dois na tevê e eu nunca parei para pensar como eram feitos, porque afinal, não tinha para quê, né? Aí um dia, já grande, descobri que era cromaqui (aquela técnica utilizada para inserir um fundo diferente a uma imagem que está em primeiro plano) e tudo fez sentido. Aqui você pode ver uma entrevista feita pela Marina Person, sobre o Glub Glub. Entre uma história e outra dos peixinhos, e depois da caranguejinha que começou a participar na apresentação, sempre tinha um desenho bastante criativo feito de massinha de modelar e até marionetes, para completar.

Mundo da Lua: “Alô? Alô? Planeta Terra chamando! Planeta Terra chamando!”. O programa foi transmitido entre 1991 e 1992, e era muito legal acompanhar as histórias que saiam da imaginação do Lucas. Todas as aventuras vividas por ele ficavam em um gravador antigo, que ele ganhou do avô, no seu aniversário de 10 anos. Ali ele podia fazer a própria versão de tudo aquilo que vivia em sua casa, nos conflitos com a irmã, nas situações que aconteciam entre o pai e a mãe e ele não entendia. Inclusive, a casa em que a família Silva e Silva morava ainda existe! Está na Vila Madalena, em São Paulo. Quando o Mundo da Lua completou 25 anos, o Sempre Família trouxe algumas curiosidades sobre ele. Você pode acessar aqui neste link.  Aqui um episódio para você relembrar:

X-Tudo: o programa começou a ser foi exibido em 1992 e durou até 2002. Ele tinha quadros de culinária, em que receitas bem fáceis e rápidas eram ensinadas, com a ajuda do X, e experiências eram feitas de uma maneira em que nós de casa também pudéssemos reproduzir. Havia ainda curiosidades, dicas de livros (que aliás tinha a participação da Fernanda Souza, que depois virou a Mili de Chiquititas).

 

Castelo Rá-Tim-Bum: se tem programa nostálgico é esse! Tanto que agora tem até uma réplica do castelo em São Paulo e eu já vi vários amigos que não moram lá, saindo de suas cidades só para visitar o espaço. O programa é aprendizado do início ao fim e foi transmitido entre 1994 e 1997. Desde o porteiro com suas senhas até as noções do que é certo ou errado fazer, com as situações vividas pelo Nino e seus amigos. O programa foi feito para ser inteligente e nos fazer mais inteligentes, não nos subestimava só porque éramos crianças. Lembra quando o Zequinha perguntava o porquê de tudo, e o Telekid aparecia para responder de fato o que ele precisava saber? “Porque sim, não é resposta!”, dizia o Marcelo Tas vestido todo colorido. E o ratinho que te ensinava a tomar banho e a escovar os dentes?

Beakman: o programa foi ao ar, no Brasil, entre 1994 e 2002, e era bem estranho você ver que um dos ajudantes dele era um rato gigante. HAHA! O Lester sempre reclamava do que tinha que fazer, mas se prometessem comida ele ia! Durante as temporadas, passaram pelo laboratório três assistentes diferentes, que tinham entre as atividades, ler cartinhas de crianças curiosas que chegavam. Na versão brasileira do programa, os produtores acharam interessante colocar nomes criativos e engraçados nos remetentes. Aí, saiam coisas do tipo:  “Essa é uma pergunta de Laura Grudenta, de Bomboniére de Cinema”, e ela queria saber mais sobre os chicletes, por exemplo. E era muito interessante aprender o porquê das coisas, ver as experiências e se sentir muito esperto por aprender tudo aquilo.

Cocoricó: transmitido em 1996 o programa conta sobre as férias de Júlio na fazenda dos avós. O lugar é mágico e os bichos falam. Os animais, entre eles o cavalo Alípio e as galinhas Lilica, Lola e Zazá, acabam se tornando os melhores amigos do menino e vivendo grandes histórias com ele. Durante os episódios ainda tinham alguns desenhos. O Cocoricó passou por várias reformulações em 2003, ganhando novos personagens e em 2010 foi parar na cidade, tendo aí uma mudança até no cenário.

 

 

 

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