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No mês em que alertamos todas as mulheres do Brasil para a prevenção do câncer de mama, é importante lembrar que homens também podem desenvolver a doença. Considerada uma ocorrência rara – a estimativa é de um caso em homens para cada 300 em mulheres – o câncer de mama em homens é diagnosticado geralmente entre 60 e 70 anos de idade e o tratamento é feito da mesma forma.

“Em regra, o tratamento do câncer de mama em homens segue as mesmas diretrizes estabelecidas para o tratamento do câncer de mama em mulheres, podendo ser necessário cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou a hormonoterapia. O que muda, basicamente, é que para as mulheres o aspecto estético ou corretivo passa a ser um aliado cada vez mais presente, através das técnicas de reconstrução nessa abordagem terapêutica”, conta Clécio Lucena, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, regional Minas Gerais.

O diagnóstico é feito através da palpação de nódulo (ou caroço) na mama e, quando ele surge, é solicitada uma biópsia. De acordo com Marcelo Cruz, oncologista do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, mesmo com a raridade da doença, alguns homens que enfrentam ou já enfrentaram determinadas situações correm maior risco e devem ter atenção especial. São eles:

  • Exposição à radioterapia (durante um tratamento de linfoma, por exemplo), antes dos 30 anos de idade;
  • Doenças ou condições clínicas que estão relacionadas ao aumento do nível de estrogênio (hormônio feminino) no sangue. As doenças do fígado, a obesidade e o uso de terapia hormonal são alguns exemplos de fatores que contribuem para o aumento dos níveis de hormônios femininos em homens;
  • História familiar de câncer de mama ou alterações genéticas conhecidas, pois homens com casos de parentes com câncer de mama podem apresentar maior risco de desenvolver o tumor. O câncer familiar, em geral, tem relação com a mutação dos genes BrcA1 ou BrcA2.

Marcelo Cruz afirma que as chances de cura são as mesmas. “Ainda assim, o diagnóstico tende a ser feito com a doença mais avançada, o que diminui as chances de cura”, completa Cruz. Para Clécio Lucena, o ideal é realizar o autoexame e procurar um médico a qualquer sinal de alteração.

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