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Fumar durante a gravidez causa mudanças nas quantidades de proteínas importantes nos fígados de fetos, revela uma nova pesquisada feita por cientistas das universidades de Aberdeen, Glasgow e Edimburgo. Eles descobriram que algumas dessas mudanças estão relacionadas ao sexo do bebê e podem se manifestar de maneiras diferentes na vida adulta. A pesquisa foi publicada no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism e divulgada pelo site Medical Xpress.

De acordo com o professor Paul Fowler, da Universidade de Aberdeen, as mudanças nos fetos masculinos estão ligadas à cirrose hepática enquanto nos fetos femininos estão ligadas a desordens do metabolismo da glicose. “Isso faz com que o fígado do feto já seja programado desde agora para desenvolver uma síndrome metabólica, como obesidade, doença cardiovascular ou doença hepática. É como se essas mudanças pudessem tornar os indivíduos mais suscetíveis a essas doenças durante a vida adulta”, explica ele em reportagem publicada pelo Medical Xpress.

O doutor Panagiotis Filis, da Universidade de Aberdeen, conta que o fígado é uma fonte de muitas proteínas secretadas, que entram na corrente sanguínea assim como é o principal local do corpo humano onde substâncias químicas são processas e desintoxicadas. Segundo ele, algumas das mudanças observadas quando a mãe fuma sugerem que o fígado fetal ficará mais propenso a fabricar versões menos potentes de alguns produtos secretados.

As ligações entre o fumo materno e a redução na saúde de seus filhos são bem conhecidas. Estudos anteriores sugeriram que exposição à fumaça no útero estavam associadas com diferentes problemas para meninos e meninas – com maior risco de garotos desenvolverem transtornos de conduta enquanto meninas estão mais propensas a desenvolver dependência de drogas e aumento de peso.

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