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A prova feminina da maratona os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que ocorrerá no dia 14 de agosto, conta com diversas favoritas, como as etíopes Mare Dibaba, atual campeã mundial, e Tirfi Tsegaye e as quenianas Helah Kiprop, Jemima Sumgong e Visiline Jepkesho. Porém, três estonianas de 30 anos, com mínimas chances de medalha, devem ser uma das grandes atrações da prova. Leila, Liina e Lily Luik se tornarão as primeiras trigêmeas a competirem juntas na história dos Jogos Olímpicos.

Irmãos gêmeos não chegam a ser tão raros em uma Olimpíada — segundo o site OlympStats, 200 gêmeos já participaram da competição. Não se tem, no entanto, registro de que trigêmeos tenham competido.

“Nós três podemos fazer história, e isso é emocionante. É sensacional. Será uma grande emoção estar no Rio com minhas irmãs”, disse Leila, por e-mail, ao jornal O Globo. “Participar de uma competição como a maratona, e com suas amigas mais próximas, como nós somos, é demais”.

As trigêmeas nasceram e ainda moram em Tartu, uma cidade universitária com pouco mais de 100 mil habitantes no sudeste da Estônia, onde treinam na maioria das vezes juntas. O começo na maratona foi relativamente tardio se comparado com outros atletas. Liina resolveu se dedicar à corrida apenas seis anos atrás, com 24 anos, e Leila e Lily entraram no embalo.

“As provas de longa distância não necessitam um treinamento tão específico quanto as de curta distância, e talvez por isso tenhamos conseguido esse desenvolvimento rápido”, acredita Leila.

Leila, Liina e Lily estão realizando um período de treino no norte da Itália este mês, para tentar fazer bonito na prova. Mas, por fazer bonito, entenda-se finalizar a maratona tentando melhorar, cada uma, sua marca pessoal.

Leila tem o melhor tempo entre as irmãs, com 2h37m12, obtido em Xangai, em 2013. Com essa marca, ela terminaria a prova da Olimpíada de Londres em uma modestíssima 65ª posição. A etíope Tirfi Tsegaye é a dona da melhor marca do ano, com 2h19m41, quase 20 minutos mais rápida que Leila Luik.

“Uma medalha no Rio é difícil, temos que ser realistas. É um sonho bem distante, mas nunca se sabe”, afirma Leila. Um objetivo mais plausível para as trigêmeas estonianas seria chegar ao Sambódromo, na reta final da maratona, lado a lado, em uma cena que faria a alegria do público, cinegrafistas e fotógrafos, e certamente entraria para a história da competição: “Se estivermos próximas, em um mesmo nível, seria um sonho cruzar a linha de chegada juntas. Mas o que vai acontecer só vamos saber no Rio. Nosso sonho é fazer nossa melhor corrida e desfrutar a prova”.

 

Com informações de O Globo.

Colaborou: Felipe Koller.

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