A culpa é da Baleia Azul?
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Há alguns dias, nos deparamos frente a um novo e perigoso desafio: um jogo virtual estrategicamente criado por pessoas sádicas, e ao mesmo tempo inteligentes, que induz jovens a se automutilar e até tentar suicídio. Sim, estou falando sobre o polêmico “Baleia Azul”.

Já é do conhecimento de todos a maneira como esse game funciona e qual seu real objetivo. Como uma profissional da área da educação, gostaria de compartilhar minha experiência e opinião sobre essa nova febre no mundo dos games que tem invadido lares e preocupado pais, escola e a sociedade em geral.

Para analisar melhor a situação, peço que recordemos o surgimento do “Pokémon Go”. O jogo de realidade aumentada que permitia capturar “monstrinhos de bolso” nas ruas reais da cidade desembarcou oficialmente no Brasil em julho de 2016 e gerou uma série de repercussões em todo o país. Casos envolvendo acidentes e invasões de propriedades particulares foram registrados e noticiados após seu lançamento.

Contudo, a situação se complica um pouco mais quando tratamos do “Baleia Azul”. O game que chegou dentro das residências brasileiras de forma sutil tem feito muitas vítimas e isso precisa ser debatido urgentemente.

As pessoas que estão por trás desses desafios certamente são sofredoras de alguns sintomas emocionais como falta de amor, compaixão e empatia. Por isso, se faz importante o alerta dentro de casa. Ultimamente, o controle das redes sociais está ilimitado e as crianças têm acesso a quaisquer informações ao alcance de um toque. Esse uso excessivo da tecnologia tem causado um distanciamento entre pais e filhos. No entanto, não se pode justificar os problemas e conflitos que os nossos filhos passam com o surgimento de um jogo como esse.

Nós pais, devemos refletir e fazer uma análise criteriosa sobre o papel da família e da escola nesse processo. É necessário estar atento aos valores que estão sendo repassados e vivenciados pelos jovens dentro do âmbito familiar e educacional. Também precisamos entender onde foi que nos perdemos como adultos e permitimos que nossos filhos estejam tendo acesso a pessoas que não são de nosso convívio.

Enquanto pais e mães, devemos dispor de momentos para ouvir e aconselhar nossos filhos da melhor maneira possível. Deixar que eles expressem suas dúvidas, ânsias e angústias por meio de um diálogo aberto e compreensivo é a melhor maneira de afastá-los desse tipo de situação.

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