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“Filho, leva um casaco”. “Cuidado, você vai se machucar”. “Não pode ir sozinho, é perigoso”.

Se você é mãe, certamente já usou essas expressões várias vezes. Querer proteger o filho é natural, faz parte do instinto materno, mas algumas mães exageram e, até sem perceber, colocam o filho numa redoma de proteção que só lhe causa constrangimento.

Para a coach e fundadora do Projeto Mamãe te Apoio, Aline Gomes, essas mães tem medo, insegurança, ansiedade e perfeccionismo como sentimentos dominantes.  Por isso é importante estar atenta ao seu comportamento. “Se a angústia e ansiedade te dominam mais do que a paz e a tranquilidade, talvez seja hora de se perguntar: o que posso ganhar se eu fizer diferente e procurar uma ajuda?”, conta Aline, que listou 7 sinais de que você pode estar exagerando um pouco na proteção ao seu filho. Responda às questões abaixo:

1) Quando seu filho chora na porta da escola, na primeira semana de aula, você volta pra casa com ele?

2) Quando há algum conflito entre seu filho e outro amiguinho, você age em defesa do seu pequeno antes de deixar as crianças se resolverem entre elas?

3) Você tem um cuidado fora dos padrões para evitar que seu filho se machuque?

4) Você tem um cuidado fora dos padrões para evitar que seu filho pegue um resfriado (por exemplo, colocando na criança mais agasalhos do que o necessário)?

5) Quando a criança não consegue finalizar alguma tarefa, você a conclui por ela (por exemplo, escovar os dentes de crianças maiores de 06 anos)?

6) Os amiguinhos do seu filho já estão na fase de passarem a tarde na casa uns dos outros, mas você só consegue autorizar esses momentos mediante a sua presença na residência?

7) A maioria dos eventos é, em primeira análise, avaliada em sua mente com o pior e mais perigoso cenário e esses pensamentos lhe afligem tanto que te paralisam e te trazem a sensação de medo?

 

Se você respondeu “sim” para pelo menos três das perguntas acima, é provável que você seja uma mãe superprotetora. Lembre-se que esse comportamento não é saudável também para o seu filho. “A criança não se sente responsável por suas ações, não se sente capaz e nem sente que pode receber crédito de confiança. Isso gera insegurança e ansiedade”, conta Aline.

 

Cuidados

Para deixar as preocupações excessivas de lado, o primeiro passo é reconhecer e admitir que sua preocupação com a criança é exagerada. Depois, é preciso identificar as perguntas que você faz a si mesma nessas situações. Se geralmente elas têm um teor negativo, é preciso substituí-las por perguntas positivas. Por exemplo, quando seu filho receber um convite para passar uma tarde na casa do amiguinho, no lugar de perguntar “será que meu filho será bem tratado?” ou “será que comerá tudo no lanche? Pergunte-se: “o que meu filho pode aprender com essa experiência?”.

 

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