A pré-adolescência é uma fase delicada, em que a relação entre pais e filhos pode desandar se certas habilidades faltarem.
A pré-adolescência é uma fase delicada, em que a relação entre pais e filhos pode desandar se certas habilidades faltarem.| Foto: Bigstock

A pré-adolescência é uma fase delicada, não apenas para os filhos, como também para os pais. É um momento em que essa relação pode desandar, se certas habilidades parentais não forem desenvolvidas. Por outro lado, desenvolvendo bem algumas qualidades, a presença fortalecedora dos pais pode ser um fator determinante para um bom desenvolvimento dos filhos nessa fase.

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A psicóloga Rebecca Fraser-Thill, especialista em desenvolvimento infantil e parentalidade na pré-adolescência, elencou para o site VeryWell Family, cinco características essenciais em que os pais de pré-adolescentes devem trabalhar. Confira:

  1. Encorajar a autoexpressão

    Liberdade para se expressar gera uma boa autoestima e um desenvolvimento consistente da personalidade. Por isso, nesses anos em que o pré-adolescente começa a construir a sua identidade própria, essa liberdade é fundamental. “Se um pré-adolescente não tem permissão para experimentar diferentes versões de si, ele pode então tentar agir como seus pais querem ou como outras pessoas influentes querem, e isso pode causar problemas de identidade mais tarde”, diz Rebecca.
  2. Estar disponível
    A vida é uma correria e não é possível estar completamente à disposição dos filhos o tempo todo. Mas é fundamental reservar tempo de qualidade para os filhos. Todo mundo sabe que nessa fase a ansiedade, o bullying e mudanças de humor são muito comuns. Estar disponível significa não deixar seu filho lutar essas lutas sozinho. “Bons pais reservam algum tempo diariamente para focar apenas nos seus filhos, sem distrações de televisões, computadores ou celulares”, afirma a psicóloga.
  3. Escutar ativamente

    Escutar ativamente significa levar verdadeiramente em conta o que o seu filho diz e responder aos seus sentimentos e percepções sem julgamentos ou etiquetas. “Bons pais evitam dar conselhos a não ser quando expressamente solicitados a isso”, aponta Rebecca. Os filhos se sentem assim verdadeiramente ouvidos e sua confiança nos pais é fortalecida. Respostas na ponta da língua, que não levam a sério o que os filhos trazem, ocasionarão apenas distanciamentos e friezas na relação.
  4. Demonstrar carinho

    “Uma marca registrada do melhor estilo parental, chamado de parentalidade autoritativa, envolve a demonstração de carinho”, diz Rebecca. Ser carinhoso não significa ser molenga, ou concordar com tudo o que o seu filho faz. O afeto é demonstrado em sutilezas como expressões faciais, gestos e tom de voz. Por isso, o carinho se mantém constante ao longo do relacionamento, mesmo quando é necessário trabalhar a disciplina. Com isso, os filhos percebem que as decisões dos pais não são movidas por sentimentos passageiros, mas por um bem-querer sereno e responsável.
  5. Estabelecer limites claros

    “As crianças se desenvolvem bem quando há estrutura em suas vidas. Regras ajudam a criar essas estruturas”, explica a psicóloga. Por isso, bons pais fazem uso da disciplina, o que ajuda os filhos a desenvolver a responsabilidade – um fator crucial na pré-adolescência. Nessa fase, porém, pouco a pouco já é hora de envolver os filhos na construção dessas regras, ajudando-os a identificar bons critérios de organização da rotina e de atenção às tarefas necessárias.
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