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Morreu nesta sexta-feira (28/07), uma semana antes de completar um ano de idade, o bebê Charlie Gard, depois de ser transferido do Great Ormond Street Hospital (GOSH) para uma clínica pediátrica de cuidados paliativos cuja localização não foi revelada. A informação foi dada por seus pais, Chris Gard e Connie Yates.

Na segunda-feira, o casal havia decidido retirar o seu apelo ao Judiciário britânico para que Charlie pudesse levado aos Estados Unidos para um tratamento experimental. A decisão foi tomada depois que o próprio médico que oferecia a possibilidade, Michio Hirano, desistiu da opção ao ver os resultados de uma ressonância magnética realizada na semana passada.

“Nosso lindo bebê se foi. Nós estamos muito orgulhosos de você, Charlie”, disse Yates em um comunicado. Charlie sofria de síndrome de miopatia mitocondrial, uma condição genética raríssima sem tratamentos conhecidos que debilita os músculos e o cérebro. Ele nasceu em agosto de 2016 e, dois meses depois, precisou ser internado.

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A decisão sobre o local da morte de Charlie foi tomada pelo juiz Nicholas Francis depois que os pais do bebê e o hospital não conseguiram chegar a um acordo sobre o assunto. O casal queria levar o filho para casa para que ele passasse seus últimos momentos ali, mas a equipe médica alegou não ser possível transportar o equipamento hospitalar.

Gard e Yates também desejavam que Charlie permanecesse vivo por mais alguns dias após a sua transferência. A equipe do GOSH disse, porém, que isso exigiria uma equipe de terapia intensiva 24 horas junto ao bebê. Francis então deu aos pais um prazo para encontrarem uma equipe à disposição, que se encerrou na quinta-feira, ao meio-dia, sem sucesso. Dessa maneira, era necessário que o aparelho de ventilação que mantinha Charlie vivo fosse desligado não muito tempo depois de sua transferência.

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“Infelizmente, como determinou o juiz, não há simplesmente nenhuma maneira de que Charlie, um paciente com necessidades tão graves e complexas, viva qualquer tempo significativo de maneira segura fora de uma unidade de terapia intensiva”, disse um porta-voz do GOSH. “O risco de um fim imprevisto e caótico para a vida de Charlie é um desenlace inconcebível para todos os envolvidos e roubaria de seus pais os preciosos últimos momentos com ele”.

Os pais do bebê cogitam, com o 1,3 milhão de libras que arrecadaram em uma campanha para custear o experimento de Hirano, abrir uma fundação com o nome de Charlie e ajudar outras crianças que precisam com necessidades especiais.

Relembre alguns dos momentos mais importantes da luta da família de Charlie Gard para que o bebê sobrevivesse:

 

Com informações de The Guardian.

 

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