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Vanellope Hope Wilkins é uma pequena bebê britânica que tem a força de um gigante. Ela nasceu no dia 22 de novembro, quase um mês antes do previsto, por conta de uma condição rara que fez com que seu coração estivesse fora do peito. Apesar das várias cirurgias realizadas nesse pouco tempo de vida que ela tem, seu estado de saúde é estável e ela se recupera bem.

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A menina, que recebeu o nome de uma personagem da animação Detona Ralph acrescido da palavra inglesa para “esperança”, não tem o esterno, o osso que compõe a caixa torácica e que serve como um escudo de proteção ao coração e pulmão. A condição de Vanellope, chamado de ectopia cordis, é extremamente rara e poucas são os casos registrados a cada 1 milhão de nascimentos. Quando acontece, o bebê geralmente nasce morto.

Esse fato fez com que os médicos do Hospital Glenfield, em Leicester, na Inglaterra, pensassem que ela tinha menos de 10% de chances de sobrevivência. A cirurgia para recolocar o coração da pequena dentro de seu peito, inclusive, foi considerada o primeiro procedimento cirúrgico desse tipo realizado em recém-nascidos no país que teve resultado positivo. Nos Estados Unidos alguns casos comparáveis já haviam sido registrados.

Opção pela vida

Os pais de Vanellope, Naomi Findlay, de 31 anos, e Dean Wilkins, de 43, souberam da gravidez em junho do ano passado. Segundo um comunicado oficial do hospital, com nove semanas de gestação, exames mostraram que a menina tinha a condição rara e que por isso ela nasceria com parte do estômago e o seu coração fora do corpo.

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Naomi contou ao jornal The Leicester Mercury que durante todo o tempo em que se decidia sobre a condição da bebê, o hospital dizia que a única opção era interromper a gravidez e afirmavam que a família teria todo o apoio para enfrentar a situação. “No fim eu disse que essa não seria uma opção para mim e que se fosse para acontecer de forma natural, assim seria”, disse ela. Ao lembrar-se do momento do nascimento, Naomi disse que entrou em pânico, mas que o choro de sua filha a acalmou. “Quando ela saiu e veio chorando, senti um enorme alívio”, completou.

Para que a pequena sobrevivesse, uma equipe de cerca de 50 médicos se reuniu antes da cesariana para decidir todo o procedimento. Assim que nasceu ela foi enrolada em uma bolsa plástica esterilizada, a fim de bloquear qualquer tipo de infecção. Em uma sala especial, Vanellope recebeu oxigênio por meio de um tubo e 50 minutos depois ela retornou ao centro cirúrgico onde nasceu para que os procedimentos para a realocação de seu coração começassem.

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Foi necessário fazer uma abertura no corpo de Vanellope para que seu coração e estômago deslizassem com a gravidade, para dentro. Um pedaço de pele da parte de baixo dos braços da menina foi usado para cobrir essa abertura e uma malha especial foi criada em torno de seu coração.

Por meio da uma página no Facebook é possível acompanhar o desenvolvimento da menina. Pouco mais de um mês após o nascimento ela não está mais usando ventilação artificial para respirar e o último dreno lhe foi tirado na tarde desta segunda-feira (08/01).

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