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Em fevereiro de 1962, uma jovem chamada Cecília deu à luz gêmeas, em uma pequena cidade da Polônia. No entanto, ela nunca teve a chance de conhecer as filhas, porque acabou morrendo logo após o parto, em decorrência da cesariana. Diante daquela situação, a família de Cecília não teve outra alternativa a não ser separar os bebês. Uma das meninas ficou com o pai e outra foi levada pela tia materna. Elas foram criadas a vida toda como primas.

Quando chegou o tempo de Elizabeth e Gabriela irem à escola, por morarem no campo, mas em cidades diferentes, acabaram indo ao mesmo instituto de educação da região. Coincidentemente, as meninas se sentavam lado a lado na primeira fileira, por causa de um problema de visão. As duas ainda se entenderam muito bem assim que se conheceram e passaram a conviver bastante durante os intervalos. Havia também a situação de mesmo uma longe da outra, elas escolherem sapatos e vestidos semelhantes e irem à escola.

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As primas-irmãs também costumavam preferir as aulas de religião e os retiros espirituais entre amigos. As meninas costumavam se dedicar as tradições católicas, cada qual em sua casa, mas todos os anos no Dia de Finados, elas eram levadas por suas famílias até o túmulo de uma certa “tia Cecília”, sem que lhes dissessem que era a mãe delas.

Mas é claro que a semelhança entre as duas, desde a infância chamava a atenção das pessoas ao redor. Até que um dia Gabriela ouviu acidentalmente uma conversa em casa e descobriu a história de seu nascimento. Pouco tempo depois foi a vez de Elizabeth saber dessa história, no dia de suam Primeira Comunhão. “Saber de nossa história dessa forma, por outras pessoas, foi um choque, apesar de entendermos a intenção de nossos pais e termos sido muito amadas”, contaram as irmãs.

O chamado à vida religiosa

Quando chegou a adolescência, as irmãs participavam juntas de grupos de oração da congregação religiosa Irmãs Hospitaleiras de Santa Isabel. Ainda morando em casas separadas, cada qual com sua família, as duas sentiram o chamado à vida religiosa. Conversando entre si, quando se encontravam na igreja organizavam a ida ao mesmo convento. Definida a data, era a hora de contar aos pais.

Elizabeth, que havia ficado com o pai biológico, teve sua notícia muito bem recebida por todos. Mas Gabriela teve sérios problemas, dentre eles o fato de seu pai confiscar sua carteira e documentos e proibi-la de sair de casa. Somente um ano e meio depois ela conseguiu, sob o pretexto de visitar Elizabeth no dia de seu aniversário, ficar permanentemente com ela. Essa decisão fez com que Gabriela rompesse as relações com seus pais.

A partir daquele momento, uma nova fase começou para as duas. Não só pelo fato de agora dedicarem-se integralmente à vida religiosa, mas porque estariam juntas na mesma casa, todos os dias, como nunca havia acontecido antes. Cinco anos mais tarde, quando estavam prontas para seus votos perpétuos, os pais de Gabriela apareceram para lhe dar a bênção e dizer que aceitavam aquela decisão.

Com informações de Aleteia.

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