Foto: Catholic News Service
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No mercado das cervejas, as chamadas trapistas, feitas por monges sobretudo na Bélgica e na Holanda, são consideradas as que possuem a mais alta qualidade entre as bebidas feitas artesanalmente. A Westvleteren 12, especificamente, é considerada por muitos – inclusive pelo site especializado Ratebeer – a melhor cerveja do mundo e tem sua produção limitada a poucas garrafas.

A Westvleteren 12 é fabricada em um mosteiro da ordem trapista, uma ramificação originada em 1664 da ordem cisterciense, fundada em 1098. A Abadia de S. Sisto, onde a cerveja é fabricada desde 1838, foi fundada em 1831 e se localiza no município de Vleteren, na província de Flandres Ocidental.

Apesar de existirem mais de 170 mosteiros trapistas pelo mundo – dois deles, um masculino e um feminino, no Brasil –, só onze possuem autorização para utilizar em suas cervejas o selo de autenticidade trapista, seis deles na Bélgica. Os outros se distribuem entre os Países Baixos, a Áustria, os Estados Unidos e a Itália.

Um autêntico produto trapista segue três critérios: ser produzido dentro dos muros ou nas proximidades do mosteiro, ser produzido pelos monges ou sob a sua supervisão e gerar renda apenas para a subsistência dos monges e a manutenção do mosteiro – o excedente deve ser destinado a obras sociais.

A produção limitada faz parte do modo de vida dos monges. Eles acreditam que a produção em escala pode pôr em perigo o recolhimento de sua vida monástica. Continuam fazendo a melhor cerveja do mundo sem finalidade de lucro, para garantir sua subsistência, sem procurar notoriedade ou fama. Nem rótulo a cerveja tem: todas as informações são impressas na tampa. A produção anual do mosteiro – 60 mil caixas – é a mesma desde 1946.

A caixa de Westvleteren 12 vem com 24 garrafas da cerveja e é vendida por 54 euros – quase duzentos reais. Quem quer comprar precisa fazer reserva com antecedência e a venda é limitada a uma caixa – outra caixa para o mesmo comprador, só depois de dois meses. Cada comprador deve se comprometer a não revender a cerveja. Ou seja, se ela for vendida em qualquer lugar que não seja a abadia, trata-se de mercado clandestino – a não ser que se trate de algum lote exportado pelos monges, o que acontece muito raramente. Nesse caso, a garrafa é rotulada.

Confira abaixo uma foto das garrafas de todas as autênticas cervejas trapistas. A Westvleteren 12 é a que está sem rótulo.

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Com informações de Sint Sixtus e Estadão.

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