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Maria Carolina Ferreira, especial para o Sempre Família

Você já sentiu medo de começar um relacionamento amoroso? Ou estando em um, de dar um passo em frente? E quanto à sua carreira profissional? Já teve medo de aceitar uma promoção ou mesmo de iniciar um projeto que tanto lhe faria bem? Se você respondeu sim a alguma dessas perguntas, saiba que você não é o único com esse sentimento.

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Apesar de não ser um sentimento incomum é importante entender até que ponto você está sendo cuidadoso nas decisões que precisa tomar ou está com medo em excesso dos seus compromissos. De acordo com a pedagoga e analista comportamental, Dulcine Melo Chicoski, são diversos os fatores que podem levar alguém a ter dificuldade em se comprometer com algo. “Muita gente hoje está com medo de perder sua liberdade, de desestabilizar o seu mundo programado. Sentem o instinto de preservação social, o medo de intimidade e de enfrentar os conflitos”, comenta.

Outro fator que costuma levar a essa falta de comprometimento, especialmente nos últimos anos é a rotina acelerada a que muitas pessoas estão expostas. Segundo Luzia Carmem de Oliveira, psicóloga da Comissão de Psicologia Clínica do Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR), as pessoas estão envolvidas em um ritmo frenético de atividades a serem cumpridas todos os dias e cada vez menos têm tempo para avaliar seus sentimentos, seus projetos ou mesmo de passar tempo se relacionando com outras pessoas.

Quando o medo se torna prejudicial

Dizer não a uma atividade em que não terá tempo hábil para realizar ou não se relacionar com quem não se tem certeza de que possui total interesse é saudável e você está apenas escolhendo o melhor para si. Mas há momentos em que excesso de cuidado se transforma em um medo paralisante e que não te permite se desenvolver emocionalmente e profissionalmente.

“Dizer não por achar que não merece aquela conquista, não viajar para lugares que tanto sonha mesmo tendo condições financeiras, recusar se relacionar com pessoas que você gostava pelo medo de frustrações são alguns fatores que precisam de atenção quando acontecem”, pondera Luzia, reforçando a gravidade desse comportamento. “Se alguém já passou por alguma dessas situações ou semelhantes, talvez esteja com o medo em excesso de qualquer tipo de comprometimento e precise de ajuda.

Como enfrentar meu medo de compromisso?

A recomendação de Luzia é buscar uma terapia. É que junto a um profissional é possível identificar mais profundamente a origem das dificuldades e com isso aproveitar as grandes oportunidades de felicidade que a vida oferece, construindo por si mesmo seu próprio bem-estar. Por meio das conversas frequentes, um psicólogo ou terapeuta poderá fazer com que você pense e repense sua vida.

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Por isso, Dulcine explica que o autoconhecimento é a chave para iniciar o processo de enfrentamento do medo de se comprometer. “Pergunte-se por que você está com medo de se comprometer? De onde surgiu esse sentimento?”, sugere. “Busque compreender e investigar o que acontece dentro de si, porque fazendo essa auto análise, você estará mais próximo de sentir confiança em dizer o primeiro sim”.

Mas especialmente quando esse medo está relacionado ao amor, há ainda alguns pontos a se considerar e Luzia sugere os seguintes:

1. Entender que apesar de gostos e características em comum, a outra pessoa será diferente de você

2.Ver beleza nas diferenças que existem entre você e seu futuro parceiro, pensando na quantidade de vivências que terão juntos e que dificilmente você teria ao viver em seu mundo

3. Quando sentir medo das diferenças, saiba que poderá dialogar para entrarem em um comum acordo entre os dois

4. Aceitar que relacionar-se é um risco, mas viver focado em si mesmo também gera sofrimentos

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