Alguns pontos favorecem o desenvolvimento da resiliência nos adultos, e na infância, os pais têm um papel importante
Alguns pontos favorecem o desenvolvimento da resiliência nos adultos, e na infância, os pais têm um papel importante nesse processo.| Foto: eo Rivas/Unsplash

Muito se discute sobre a educação das crianças e sobre elas terem acesso a tudo, sem passar por muitas frustrações. Além disso, nos tempos difíceis de hoje, onde há uma série de adversidades para se encarar diariamente, ser resiliente se tornou uma característica importante pessoal e profissionalmente.

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A resiliência é um conceito psicológico emprestado da física, definido como a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas (choque, estresse etc.). E não é incomum que adultos, no mercado de trabalho, principalmente, busquem maneiras de serem mais resilientes. Para isso procuram ajuda de psicólogos e terapeutas que os auxiliem no caminho de autoconhecimento.

Mas, o que muitos não sabem é que a resiliência pode ser ensinada, inclusive para as crianças, o que pode facilitar a vida delas lá no futuro, quando então forem adultas. “Superar frustrações, entender que algumas situações podem colocá-la risco, perceber seus comportamentos e reações são coisas que as crianças podem fazer. Mas isso só é possível se elas forem orientadas pelos responsáveis e aceitas no meio em que vivem”, completa Águeda Thormann, mestre em Mídia e Conhecimento.

Participação dos pais no processo

Para Águeda, alguns pontos favorecem o desenvolvimento da resiliência e os pais têm um papel importante. Um ponto fundamental é que a criança seja bem-vinda e desejada na família. Outros pontos importantes são o entusiasmo, a forma otimista de encarar os fatos, e as frustrações.

“O adulto resiliente com certeza foi exposto a frustrações na infância. Os pais precisam entender que tirar todas as pedras do caminho do filho é um desserviço. Deixar que o filho se frustre e mostrar como ele conseguiu vencer essa etapa é o que fará a diferença em sua formação”, completa Águeda, que destaca ainda o reforço positivo como uma ferramenta importante na formação da autoestima.

Outra confusão é achar que resiliência é um comportamento que se adquire e faz com que a pessoa aja da mesma forma em todas as situações. Isso não é verdade, pois crianças e adultos podem ser resilientes em casa, mas não tolerarem nenhuma situação adversa na escola ou no trabalho, por exemplo.

Características na adolescência

A chegada da adolescência faz com que atitudes resilientes se tornem ainda mais importantes, pois a pessoa com essa característica, em geral, não se coloca em situações perigosas ou vulneráveis. “O adolescente que possui essa qualidade avalia as situações sem se alienar. Além disso, ele se conhece, percebe a si mesmo e os outros e se torna capaz de analisar antes de agir”, conta Águeda. Isso vale para ofertas de drogas, má influência de amigos e comportamento na internet.

Como tornar a criança resiliente

Confira dicas de Águeda para ajudar seu filho a se tornar resiliente:

  • Desejar o filho é o ponto de partida.
  • Oferecer amor e presença. Pessoas resilientes foram muito amadas na infância.
  • Participar ativamente da vida de seu filho.
  • Colocar-se a serviço da criança, disponível para as necessidades que ela tem.
  • A escola oferece o estímulo à parte cognitiva. Escolha uma boa escola, que estimule adequadamente seu filho.
  • Seja você uma pessoa resiliente, para desenvolver o autoconhecimento e a estruturação, pois a criança busca nos modelos que ela possui.
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