Evento do Eu Escolhi Esperar, em Londrina, Paraná. (crédito: divulgação)
Evento do Eu Escolhi Esperar, em Londrina, Paraná. (crédito: divulgação)| Foto:

Com 38 anos, Nelson Júnior já não se considera tão jovem, mas está à frente de um movimento juvenil que reúne mais de 2,8 milhões de fãs no Facebook, acumula 13 milhões de views no You Tube e lota assembleias de igrejas e outras instituições para afirmar: eu escolhi esperar. O lema também dá nome ao fenômeno que propõe a abstinência de sexo antes do casamento, atitude que, para os cristãos, corresponde à vontade de Deus e auxilia na busca da santidade.

“Nossa visão é promover a cultura do Reino de Deus para o relacionamento entre solteiros. Vai muito além da virgindade. Pregamos santidade e pureza na vida sexual e emocional, afim de gerar filhos de Deus saudáveis e, consequentemente, futuras famílias saudáveis”, afirma Junior que escolheu esperar quando ainda era um adolescente de 11 anos de idade.

Por ter vivenciado as lutas e implicações de uma escolha como esta, resolveu criar uma mobilização para ajudar outros jovens que, assim como ele, hoje fazem a mesma opção de se guardar sexualmente para o casamento. Para Nelson, vivemos uma geração sem limites, onde o apelo sexual é exagerado e impera um discurso distorcido da mídia sobre liberdade sexual.

Nelson Júnior (crédito: divulgação). Nelson Júnior (crédito: divulgação).

“Tudo na vida tem limites. Há hora certa para todas as coisas, por exemplo, para comer e dormir, duas necessidades vitais para nossa sobrevivência. E, por mais necessário que seja, isso não justifica fazer de qualquer forma. O sexo também tem limites e precisamos ensinar aos nossos filhos, crianças e jovens que o ambiente ideal para viver estas experiências é o contexto de fidelidade, compromisso e companheirismo, ou seja, o casamento”, afirma.

Sem distinção

O Eu Escolhi Esperar é hoje uma das maiores campanhas cristãs do país e, mais do que incentivar e informar sobre santidade, é a oportunidade de resgatar valores e oferecer uma nova oportunidade para quem deseja mudar seu estilo de vida. Diferentemente de movimentos como o Silver Ring Thing (movimento americano que ficou famoso depois que o grupo Jonas Brother passou a fazer parte e divulgar), onde apenas pessoas virgens podem usar o anel de prata, o Eu Escolhi Esperar também acolhe e trabalha com pessoas que já iniciaram sua vida sexual. Pelo menos 70% dos participantes não são mais virgens, mas fizeram essa opção depois de se converterem. Além disso, o movimento – que percorre o Brasil inteiro promovendo eventos – é voltado para todas as religiões, não somente evangélicos.

É possível participar do movimento Eu Escolhi Esperar de várias formas. Comparecer aos eventos é uma delas, mas também é possível interagir com outros jovens comprometidos com a causa seguindo as páginas nas redes sociais, acompanhando o site, usando o aplicativo ou assistindo e comentando os vídeos no YouTube.

Essas ferramentas digitais, aliás, contribuem na manutenção do movimento, que ainda obtém recursos das vendas feitas na loja virtual onde são vendidas camisetas, pulseiras, DVDs e outros produtos.

Livros

Nelson Junior é também autor de livros voltados para a área de relacionamentos. Em todos eles é possível encontrar orientações sobre namoro, escolha do parceiro, limites no relacionamento, entre outros temas. O mais recente é o livro Eu Escolhi Esperar, que traz informações sobre a experiência pessoal de Nelson.“Neste livro, meu desejo é compartilhar a importância de saber esperar, refletir sobre por que esperar, esclarecer o que não é esperar e concluir o que, de fato, é esse escolher esperar”, afirma. Editado pela Mundo Cristão, o livro custa R$19,90 e está disponível em livrarias de todo o Brasil.

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