7 casais que, juntos, deixaram sua marca na história
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Ao lado daqueles que deixaram a sua marca pessoal na história, como indivíduos de grande influência, há também aqueles que levaram o seu casamento para o cenário público e imprimiram a sua influência a quatro mãos. A história está cheia de casais que, unidos ou não por grandes histórias de amor, desempenharam juntos um papel importante nos períodos em que viveram. Conheça aqui sete casais que, de mãos dadas, tornaram-se figuras influentes em seu tempo.

 

Abraão e Sara

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Relatada no Livro do Gênesis, a narrativa de Abraão o coloca em uma posição única na história mundial: ele é o grande patriarca para as três grandes religiões monoteístas, o judaísmo, o cristianismo e o islamismo – chamadas, por isso, de religiões abraâmicas. As Escrituras o tem como aquele ao qual o próprio Deus se revelou como o Deus único e criador, em contraste com o politeísmo que o rodeava. Com a esposa, Sara, teve Isaac, que daria continuidade ao hebraísmo. O casal seria originário de Ur, no sul da Mesopotâmia, e teria vivido no II milênio a. C.

 

Fernando de Aragão e Isabel de Castela

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O casal de monarcas espanhóis, que viveu entre os séculos XV e XVI, deixou um legado histórico substancial: seu casamento lançou as bases da unificação da Espanha. Além disso, Fernando e Isabel patrocinaram a viagem de Cristóvão Colombo à América – apoiada incondicionalmente pela rainha – e fizeram chegar a termo o processo da Reconquista, com a expulsão do último estado islâmico da Península Ibérica. Primos de segundo grau, eles se casaram em 1469, quando Fernando tinha 17 anos e Isabel 18. Receberam do papa Alexandre VI, também espanhol, a alcunha de “Reis Católicos”.

 

Luís XVI e Maria Antonieta

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Mais de mil anos de monarquia foram por água abaixo na França quando as cabeças de Luís XVI e sua consorte, a austríaca Maria Antonieta, foram decepadas na recém-inventada guilhotina, em 1793. Eles se casaram em 1770, quando ela tinha 14 anos e ele 16. Luís chegou ao trono quatro anos depois. O temperamento dos dois era praticamente o oposto um do outro: Luís seria tímido e desajeitado, enquanto Antonieta seria altiva e extrovertida – a rainha compunha obras musicais e atuava em peças de teatro. O casal tem um legado controverso e historiadores discutem o quanto seu reinado contribuiu para a agitação que deu início à Revolução Francesa.

 

Giuseppe e Anita Garibaldi

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No Janícolo, ou Gianicolo, uma das colinas mais altas de Roma, se encontra um grande monumento no qual se encontra a estátua de uma jovem a cavalo. A mulher ali representada, cujos restos mortais estão sepultados ali mesmo, é a catarinense Ana Maria de Jesus Ribeiro, nascida a mais de 10 mil quilômetros dali. Ela tinha 18 anos quando, em 1839, conheceu o italiano Giuseppe Garibaldi, de 32 anos, que naquela época fazia parte das tropas farroupilhas. Ela o seguiu e combateu ao seu lado, tanto no Brasil e no Uruguai – onde eles se casaram – quanto na Itália, onde o guerrilheiro lutava pela libertação e unificação do país. Ela mesma ensinou Giuseppe a andar a cavalo. Ambos são conhecidos como “herói/heroína de dois mundos”.

 

Pierre e Marie Curie

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Marie Skłodowska era uma mulher atípica para a sua época. Formada em Física e Matemática, não é de se espantar que a imigrante polonesa tenha chamado a atenção de Pierre Curie, um físico já renomado na comunidade francesa. Casaram-se em 1895, ele com 36 anos, ela com 27. A lua-de-mel foi uma aventura de bicicleta pelo interior da França – e a vida de casados foi passada quase toda no laboratório, onde desenvolveram pesquisas inéditas sobre a radioatividade. Em 1903, ganharam juntinhos o Prêmio Nobel de Física. Marie ainda ganharia o Nobel de Química em 1911, cinco anos após a morte do marido, por ter descoberto os elementos químicos rádio e polônio, tornando-se a primeira pessoa a ganhar dois prêmios -Nobel. Para coroar os frutos desse casamento fascinante, a filha do casal, Irène, também ganharia o Nobel de Química em 1935, junto com seu marido Frédéric Joliot, pela descoberta do nêutron e da radioatividade artificial.

 

Jacques e Raïssa Maritain

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A imigrante russa Raïssa Oumançoff estudava filosofia na Universidade de Sorbonne quando conheceu Jacques Maritain, também filósofo. Casaram-se em 1904, quando ela tinha 21 anos e ele 22. Ateus, estavam em busca da verdade – chegando a fazer um pacto de se suicidar juntos se dentro de um ano não descobrissem algo que desse um sentido consistente às suas vidas. Conheceram melhor a fé cristã e se converteram juntos em 1906 ao catolicismo. Jacques chegou a ser embaixador da França junto à Santa Sé – onde fez amizade com o monsenhor Montini, que se tornaria o papa Paulo VI. Ela se ocupou sobretudo nos campos da arte e da poesia, com um claro viés místico. Ele desenvolveu, a partir do tomismo, o chamado “humanismo integral”, tornando-se um defensor dos direitos humanos – o que lhe deu uma das 21 vagas na comissão da ONU que redigiu a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Após a morte da esposa, Jacques passou a viver com os Pequenos Irmãos de Jesus, em Toulouse. Aos 88 anos, fez-se noviço da congregação. Morreu três anos depois.

 

Juan e Evita Perón

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Um dos políticos mais emblemáticos da história da América Latina, Juan Domingo Perón chegou à presidência da Argentina em 1946. Um ano antes, havia se casado com a atriz Eva Duarte, que com seu carisma conquistou o apoio da população ao peronismo. Apelidada de Evita, foi imensamente amada pelas classes populares argentinas. Sua morte prematura, em 1952, com apenas 33 anos, ajudou a consolidá-la como um dos maiores símbolos no país. Seu corpo foi embalsamado e ficou em exposição até o golpe que derrubou seu marido três anos depois. A terceira série das notas de 100 pesos argentinos traz seu rosto. Perón seria presidente ainda em outro mandato, nos anos 1970, depois do exílio em Madri. Ele morreu durante o mandato, sendo substituído por sua terceira esposa, Isabelita.

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