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A atual Câmara dos Deputados e o Senado sintetizam um sistema repleto do que deve ser evitado na formação do caráter dos adultos do futuro

Os primeiros dias de atuação do Legislativo têm imposto uma dura realidade: nem sempre os que são alçados a cargos notórios, necessariamente, fizeram por onde. É desnecessário dizer o espetáculo de baixarias que foi a eleição para presidente do Senado Federal: discursos sensacionalistas; discussões ríspidas entre senadores; e até mesmo, pasmem, o roubo de uma pasta da mesa diretora.

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Essa situação, é claro, não começou hoje: nós, como brasileiros, temos elegido um grupo de pessoas que responde por diversas camadas da sociedade. Trata-se, de fato, de uma espécie de síntese do Brasil que vivemos hoje: de forma tosca, essas pessoas mostram que ainda existe um imenso grau de ignorância a ser superado no nosso país.

Potencial para superar isso? Há de sobra. Nossas crianças, o futuro da nação, são vítimas de péssimos exemplos exibidos na televisão e internet. Precisamos resguardá-las de influências negativas como as que temos visto. É papel fundamental dos pais dar bons exemplos de autoridade, ética e respeito com o próximo. Nas situações cotidianas, somos nós que respondemos por dar o tom do que deve ser a relação dos jovens com a sociedade.

Ações de solidariedade, diálogo com questões importantes da agenda política e educação civil são papel da escola, também. O professor, dentro da sala de aula, precisa ter uma atitude impassível perante tais questões: imparcialidade em avaliar o sistema político é fundamental, haja visto as polêmicas que a Educação tem vivido justamente por conta de profissionais que levantam bandeiras de cunho pessoal. Não se trata, jamais, de doutrinação. Mas, sim, de explicar com clareza o que é certo e errado. Valores primordiais não se perdem, apenas devem ser reforçados de geração em geração.