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Já faz pelo menos uma semana que demos início ao período de quarentena em diversas cidades do Brasil. Isso significa, também, que muitos pais estão lidando há alguns dias com os filhos em tempo integral, muitas vezes conciliando com o home office. E o estresse nunca esteve tão lá nas alturas: o fato é que a maioria não tem maturidade emocional para lidar com eles o tempo todo.

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Será que estamos sucumbindo a um mero capricho quando pensamos em trazer nossos pequenos para o mundo? Porque os depoimentos que tenho visto pela internet mostram simplesmente pais que não têm condições emocionais de lidar com as teimosias, ingenuidade e, claro, hiperatividade das crianças presas dentro de casa.

Lamento, porque a impressão que tenho é de haver uma falta de humanidade nessas ações. Precisamos, juntos, compreender que tudo isso é temporário, e também não é nada fácil para elas. Como explicar ao pequeno que não pode sair para brincar com os amigos, se até ontem tudo era normal? Precisamos enxergar com os olhos da criança, também.

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Cuidar da prole sempre foi um diferencial da espécie, e precisamos atestar isso mais do que nunca neste momento. É de se ponderar: o que aconteceria amanhã, se de repente não houvesse mais creches e escolas? Os pais simplesmente deixariam as crianças à própria sorte? Que saibamos praticar a tolerância e o autoconhecimento, para lidarmos da melhor forma com os desafios que nossos filhos nos trazem neste momento. Tudo há de passar.