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O que fazer?

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Essa pode parecer uma pergunta simples. No entanto, nós pais nos questionamos sobre isso muitas vezes. Isso acontece porque ao falarmos sobre a educação de uma criança não há como não refletirmos sobre nossas próprias ações minuto a minuto.

Ao longo da jornada de educar vamos criando consciência de que essa é uma tarefa muito complexa. Ao pararmos para analisar todas as atitudes que rodeiam esse pequeno ser humano ainda em formação podemos até pensar que é um trabalho impossível. O que temos que ter em mente é que exemplos movem estruturas que nem imaginamos.

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Tenho me questionando ultimamente sobre a maneira com que os nossos jovens têm recebido as notícias relacionadas aos acontecimentos políticos de nosso país. Acredito que com grande indignação e certamente com muitas dúvidas.

Nossas crianças e jovens observam nos adultos muitas atitudes semelhantes aquelas repassadas pelos meios de comunicação como, por exemplo, erros básicos no trânsito, uso indevido do celular, falas incabíveis entre familiares, mentiras no portão da escola para burlar horários, sobra de alimentos nos pratos de restaurantes, entre outras.

Então, como ensinar ética, lealdade e responsabilidade se estes valores não são praticados pelos pais? Como levar nossas crianças a um processo de auto regulação se não vivemos isso? Novamente, os pequenos aprendem através de exemplos. Precisamos estar atentos ao nosso próprio comportamento.

Outro dia na escola tivemos as eleições para representantes e líderes da turma para o período de maio/junho. Observei um garotinho de sete anos distribuindo bombons com um bilhete grampeado onde dizia “Vote em mim. Serei um bom líder.”

No momento em que vi, achei interessante a ideia. Depois de alguns segundos, no entanto, percebi que essa criança estava fazendo a mesma coisa que muitos políticos fazem com a população. De onde veio esse comportamento?

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Prontamente, fui conversar com o aluno que me respondeu da seguinte forma “O papai me disse que se eu trouxesse um bombom aos meus amigos, teria os votos deles porque criança gosta de chocolate”.

Fiquei estarrecida, confesso. De que princípio o pai concebeu esse aprendizado e o que quis passar para seu filho com isso? Queria apenas que ele ganhasse sem se importar em como conseguiria isso? O que percebi é que essa criança ficou com um grande e negativo aprendizado.