Foto: divulgação/Facebook/Donald Trump Jr.
Foto: divulgação/Facebook/Donald Trump Jr.| Foto:

Um ano depois de sua eleição à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump tem sido apontado por organizações pró-vida como “o presidente mais pró-vida da história moderna”. Voltando o olhar para os últimos doze meses, é possível notar a inesperada guinada pró-vida na administração norte-americana.

“Inesperada”, por que, apesar das promessas nessa direção, Trump não tinha um histórico de engajamento na luta contra o aborto e a favor da família, então era preciso simplesmente confiar no que ele dizia. O leitor do Blog da Vida sabe que este blogueiro tinha sérias restrições em relação a Trump – minha torcida inútil era por Ted Cruz e Ben Carson, líderes cristãos mais conhecidos por suas posturas pró-vida e pró-família, mas ruins de voto como a história mostrou. No entanto, está constatado com louvor que o compromisso de Trump firmado com influentes liderança conservadoras pelas causas da defesa da vida e da família está sendo honrado.

Estados Unidos aprovam cerca de 50 leis pró-vida nos últimos meses

Desde o tempo de campanha, Trump selecionou políticos republicanos fortemente pró-vida para o seu time, como o evangélico Mike Pence para a vice-presidência e a católica Kellyanne Conway para a direção da campanha.

Em 23 de janeiro, dias após tomar posse, Trump restabeleceu a chamada “política da Cidade do México”, uma medida instituída por Ronald Reagan que impede o governo norte-americano de financiar grupos que promovem ou realizam abortos no exterior. Pouco tempo depois, fez duas importantes nomeações pró-vida: Nikki Haley para a representação dos Estados Unidos junto à ONU e Neil Gorsuch para a Suprema Corte – substituindo o célebre juiz pró-vida Antonin Scalia, morto em 2016.

Durante o ano, o seu governo fez uma série de nomeações pró-vida para o Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS, na sigla em inglês) – o equivalente norte-americano ao nosso Ministério da Saúde –, entre os quais: Teresa Manning, ex-analista legislativa do Family Research Council; Charmaine Yoest, ex-presidente da Americans United for Life; e Valerie Huber, presidente da ONG Ascend, que defende a educação sexual para adolescentes baseada na abstinência sexual.

Por que a geração de 80-90 é a mais pró-vida de todos os tempos

Em outubro, o HHS reconheceu em suas diretrizes o direito à vida desde a concepção, comprometendo-se a “servir e proteger os norte-americanos em cada estágio de sua vida, começando pela concepção”. No mesmo mês, Trump pôs fim à política de Barack Obama que obrigava que os planos de saúde oferecidos por empregadores aos seus funcionários incluíssem contraceptivos e serviços abortivos – mesmo se o empregador fosse uma entidade religiosa.

Ainda assim, algumas promessas de Trump relacionadas ao movimento pró-vida não foram cumpridas, por terem sido barradas no Congresso. A cessação completa do financiamento público da Planned Parenthood, a maior rede de clínicas de aborto dos Estados Unidos, é uma delas: em maio, a Câmara dos Representantes passou o projeto, mas o Senado barrou.

Agora, o Senado está para votar um projeto de lei que proíbe a realização de abortos após as 20 semanas de gestação, etapa em que o feto passa a sentir dor, aprovado pela Câmara dos Representantes em outubro.

Com esse histórico de vitórias no Executivo e derrotas no Legislativo, o movimento pró-vida norte-americano mira agora nas eleições para o Senado e para a Câmara, em novembro de 2018, para mudar a composição do Congresso de forma a aprovar os projetos pró-vida que vêm pela frente.

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