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É um ótimo filme para reflexão de final de ano.

Quem lê o título e fica esperando um romance, vai se decepcionar, pois é mais daqueles filmes em que o nome em português não reflete em nada do que trata o enredo.

Sinopse: Ryan Bingham (George Clooney) tem por função demitir pessoas. Por estar acostumado com o desespero e a angústia alheios, ele mesmo se tornou uma pessoa fria. Além disto, Ryan adora seu trabalho. Ele sempre usa um terno e carrega uma maleta, viajando para diversos cantos do país. Até que seu chefe contrata a arrogante Natalie Keener (Anna Kendrick), que desenvolveu um sistema de videoconferência onde as pessoas poderão ser demitidas sem que seja necessário deixar o escritório. Este sistema, caso seja implementado, põe em risco o emprego de Ryan. Ele passa então a tentar convencê-la do erro que é sua implementação, viajando com Anna para mostrar a realidade de seu trabalho.

Tem três temas muito importantes para se destacar no filme. O primeiro é: tratar com humanidade as pessoas que estão perdendo seus empregos. Quem já passou por isso sabe como é difícil receber a notícia e, ao mesmo tempo, não conseguir ver uma luz durante este momento complicado. Cabe às pessoas que vão realizar a dispensa, aos colegas de profissão e aos amigos entenderem que não é fácil lidar com o desemprego, e se puderem fazer alguma coisa para ajudar, nem que seja convidar para tomar um café, já será um alento.

Outro ponto importantíssimo nós podemos ver no personagem principal, vivido por George Clooney: o seu trabalho não pode se tornar a sua vida. Quando se deixa sua vida pessoal de lado e foca tudo na sua atividade profissional, inclusive estabelecendo sonhos somente ligados a isso, em algum momento a conta será apresentada e o custo será altíssimo. O trabalho, nossos desejos profissionais e aspirações de carreira são relevantes, mas não podem ser encarados como essenciais. O mais importante deve ser a nossa realização pessoal, seja com família, amigos, sonhos, criando laços e objetivos que vão muito além da nossa profissão.

E finalmente, um questionamento: qual é o seu sonho? Muitas pessoas se fixam em suas carreiras, são ótimos profissionais (ou não), mas o que realmente sonhavam em fazer era outra coisa. Trabalha em um banco, mas seu desejo era ter um restaurante. É advogado, mas seu sonho era ser médico. É engenheiro, mas queria mesmo ser dono de uma barraquinha na praia. São muitos casos em que os sonhos foram atropelados no meio do caminho e morreram, e se já não foram enterrados, deixam aquele sentimento de vazio que de vez em quando dá um sinal. Quanto será que pagaram para matar esses sonhos?

São três pontos que acredito sejam importantes refletirmos sobre nós mesmos, e aproveitando a virada de ano que se aproxima, quem sabe estabelecer metas diferentes para o futuro.

O filme tem na Netflix, então aproveite para ver o quanto antes. Já deu para notar que não é uma produção para crianças, então assista com muita atenção para não perder detalhes bem interessantes que aparecem durante o filme.

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Nota:

4

Ficha técnica:

Gênero: Comédia, drama
Direção: Jason Reitman
Roteiro: Jason Reitman, Sheldon Turner
Elenco: Anna Kendrick, Danny McBride, George Clooney, J.K. Simmons, Jason Bateman, Melanie Lynskey, Sam Elliott, Vera Farmiga, Zach Galifianakis
Produção: Daniel Dubiecki, Ivan Reitman, Jason Reitman, Jeffrey Clifford
Duração: 104 min.
Ano: 2009
País: Estados Unidos
Classificação: 12 anos

Trailer

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