Retiradas? Obras que mostravam Jesus e Maria baleados não estavam na exposição, diz curadora
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As obras que agrediam à fé católica não estão mais na exposição Contraponto – Coleção Sergio Carvalho, denunciada por grupos cristãos de Brasília na noite desta quinta-feira (16/11).

Os advogados Paulo Fernando Melo e Flávio Sousa, ligados à Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família, estiveram na coletiva de imprensa concedida pela curadora Tereza de Arruda e questionaram sobre as peças que mostravam Jesus e a Virgem Maria com balas de revólver fixadas no peito. Segundo eles, apesar das fotos que caíram nas redes sociais, a curadora negou que as peças estivessem na exposição. Em entrevista ao portal UOL, contudo, uma das organizadoras confirmou que as obras fazem parte do acervo. A peça chama-se Bala Perdida e é de autoria de Nelson Leirner.

Em vídeo publicado nas redes sociais, os advogados afirmam que visitaram a exposição e puderam notar espaços vazios e marcas na parede que permitiam supor uma retirada rápida de obras do local. Em entrevista ao Sempre Família, Sousa afirma que recebeu fotos tiradas de dentro do museu, enquanto os organizadores montavam a exposição e que comprovavam a presença, no local, das peças blasfemas. “Tenho provas inequívocas disso tudo”, afirmou Sousa.

Peças removidas?

Embora não tenham visto as duas peças polêmicas cujas fotos caíram nas redes sociais, Melo e Sousa afirmam que contaram oito obras de Antonio Obá. Nenhuma delas ofendia a fé católica, mas era justamente no espaço dedicado ao artista que havia mais sinais de peças removidas.

A preocupação com o artista se deve ao histórico de peças e performances ofensivas ao cristianismo. Em julho desse ano, uma performance apresentada pelo artista consistia em pegar uma imagem de Nossa Senhora Aparecida e esfregá-la num ralador apoiado em seu órgão genital enquanto ele próprio estava nu. Ele também é o autor da obra da exposição Queermuseu que envolve hóstias pichadas com nomes de partes do corpo, incluindo órgãos sexuais, e que foi objeto de polêmica em setembro.

Por conta desse histórico e da possibilidade das peças voltarem, diz Sousa, a vigília convocada para este sábado (18/11), às 18h, em frente ao Museu Nacional da República, está mantida.

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