Crédito: Wellington Macedo
Crédito: Wellington Macedo| Foto:

A boçalidade dos recentes ataques à ministra Damares Alves, protagonizados por ícones da mídia e por militantes de esquerda, está se revelando um tremendo tiro no pé. A essa altura, qualquer um com acesso às redes sociais sabe que ela está sendo ridicularizada por compartilhar uma experiência que teve na infância. Aos 10 anos, ela disse ter visto Jesus numa goiabeira pouco antes de tentar suicídio devido aos anos de abuso sexual que sofria, cometidos por um conhecido da família.

11 coisas que a mídia não sabia sobre a ministra Damares Alves até agora

Endinheirados em franca decadência de prestígio, como Ricardo Noblat e Gilberto Dimenstein, que só saem em defesa das mulheres que pertencem à sua patota, desceram aos níveis mais pegajosos de suas personalidades só para exalar sarcasmo à fé alheia, ganhando com isso um punhado de curtidas. O filósofo de auditório Leandro Karnal, outro querido por gente do mesmo nível, não resistiu ao instinto de acompanhar o rebanho e deixou nas redes seu próprio gracejo cruel. Ele, contudo, provavelmente devido a um senso comercial mais apurado, apagou a postagem quando se deu conta da reação indignada de seus fãs e publicou uma retratação.

Ao que tudo indica, a grosseria porca desses machões de internet foi mesmo um espasmo débil, sem nenhum raciocínio prévio, motivado por preconceito antirreligioso em seu estado mais primitivo. Se alguém chegou a pensar que isso poderia desgastar a ministra, ou quem sabe até derrubá-la, o estrategista foi de uma estupidez colossal. Explico nos pontos abaixo:

 

1) Damares ganhou uma multidão de defensores

Damares Alves, embora conheça Bolsonaro há anos, não foi a indicação de nenhuma das alas bolsonaristas que tem se mostrado as mais influentes na formação do governo. Ela não é militar, nunca fez parte de grupos entusiastas da economia liberal, não era próxima das pautas ruralistas, nem lutava pela liberação das armas como pauta prioritária. Evangélicos? Só os jornalistas mais desinformados veem a bancada evangélica como um grupo coeso e unido.

Não. Damares foi escolha pessoal de Bolsonaro. Isso fez com que muitos representantes dessas alas vissem, a princípio, a escolha dela com descontentamento – afinal, não foi um dos seus.

O bombardeio de insultos preconceituosos, feitos por quem se exibe como paladino dos injustiçados, ativou a natural reação humana de se proteger a vítima de um vil agressor e provocou a união em torno dela. Nos últimos dois dias, uma legião de personalidades e instituições do espectro conservador-liberal, muitas das quais certamente nunca tiveram contato com Damares, saíram em sua defesa e cerraram fileiras para proteger a ministra e os valores tão caros ao povo que ela passou a representar. Coloquem na lista gente muito influente, como o filósofo Olavo de Carvalho  e o próprio presidente Bolsonaro – que outro ministro foi publicamente defendido com tanto vigor por ele como ela?

A agressão destrambelhada deu um exército à Damares.

 

2) Seu testemunho e suas causas tornaram-se mais conhecidas do que nunca

O testemunho de Damares, tratado como revelação de fato novo e constrangedor por seus detratores, era conhecido há anos nos meio pró-vida e evangélico. Ela o conta com frequência nas palestras que faz e com razão. É um alerta poderoso aos pais de meninas.

Só que agora, o escárnio protagonizado pelos odiadores do cristianismo fez sua história ultrapassar os limites eclesiais. O Brasil conheceu seu depoimento, suas dores, e as pautas pelas quais tanto luta. O Google Trends mostra que o interesse por Damares Alves disparou e o mesmo deve acontecer, embora em proporção menor, com o problema das tribos indígenas que matam bebês nascidos com deficiência, por exemplo. Quantas reportagens sobre isso vocês já leram em nossa imprensa tão preocupada em defender inocentes?

Mais uma vez, contra sua vontade, mas graças à sua tolice, os idiotas piadistas colocaram no radar do Brasil as pautas pró-vida, pró-família e pró-infância de um modo que seria muito difícil conseguir sem essa inconsequente intervenção.

 

3) O episódio ungiu Damares como pessoa certa na pasta certa

Há décadas o termo “direitos humanos” foi sequestrado pela esquerda de modo a legitimar quase todas as suas pautas com esse rótulo. Eles foram tão eficientes nisso que, mesmo entre apoiadores de Bolsonaro, não é difícil achar gente que achava esse ministério dispensável, por mero incômodo com a palavra.

É fato que, historicamente, o conceito dos direitos humanos surgiu para atender aos mais vulneráveis, os que padecem de algum tipo de perseguição, mas é óbvio que isso não se restringe às associações LGBT, feministas radicais e militância afro-descendente. O Brasil tem muitas comunidades tradicionais que não recebem nem metade da atenção dada aos grupos citados, pelo simples fato de não serem devidamente representados junto ao estado, ou por se negarem a engrossar massas ideologicamente manipuláveis.

Se conhecer de perto o sofrimento alheio e colocar-se no lugar dos perseguidos, além de capacidade técnica, são elementos desejáveis para um ministro de Direitos Humanos, os algozes machões de Damares, somada à completa omissão dos grupos feministas organizados, acabaram de ungi-la como a pessoa certa, na pasta certa, para trabalhar por quem sofre violência explícita e mesmo assim é abandonado por sua própria “classe”.

Acabou o tempo em que esse ministério só servia para atender demanda de militância organizada.

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