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Em um artigo publicado na edição de dezembro de  2015, a revista científica Nature aponta que a ideia segundo a qual a população da terra cresceria exponencialmente, levando-nos assim, inexoravelmente, à carestia alimentícia (ideia exposta pela primeira vez pelo clérigo americano Thomas Malthus, em 1798) é radicalmente falsa e desmentida por todos os dados. “A população mundial não cresce de modo exponencial. Não cresceu assim no passado, não cresce assim hoje e é improvável que cresça assim no futuro”, afirma no artigo o demógrafo da Rockefeller University de Nova York, Joel Cohen.

No que diz respeito à ideia de que não há alimento suficiente para os pouco mais de 7 bilhões de seres humanos que somos hoje, a FAO estima que a produção de alimentos é suficiente para atender com folga a população mundial. Hoje, apenas com a produção calórica mundial em cereais, poderiam ser alimentadas entre 10 e 12 bilhões de pessoas. A fome que existe no mundo, portanto, não pode ser atribuída à suposta superpopulação, mas sim por guerras, decisões políticas, má distribuição, má conservação e usos diversos da alimentação, principalmente como combustível.

A reportagem expõe também que nem mesmo a água está em falta. A afirmação foi feita pelo próprio vice-secretário da ONU, Jan Eliasson, em outra reportagem da Nature, publicada há um ano. Na ocasião, Eliasson admitiu que o cuidado com a água do planeta é uma questão séria, ao qual não se pode permanecer indiferente, mas que não será resolvido com falsos alarmismos neomalthusianos.,

 

Colaborou: Felipe Koller

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