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Algumas vezes nos deparamos com filmes que tratam dessa temática: a volta no tempo e mudança de decisões e atos que acabam repercutindo no futuro. O primeiro ótimo registro desse tema foi com o livro de H.G. Wells, “A Máquina do Tempo”, que já foi adaptado para o cinema algumas vezes. Também tivemos a icônica trilogia “De Volta para o Futuro”, em que acompanhamos Marty McFly tentando salvar o passado, presente e futuro de uma vez só.

Nesta produção temos contato novamente com essa temática, em que o rapaz (Tim) descobre que tem o dom de voltar ao passado e alterar os atos, o que, com certeza, gera consequências no presente e no futuro. É uma solução fácil para aqueles que se arrependem de algo que fizeram ou ,então, uma forma de evitar sofrimentos.

Todo esse vai e vem no tempo durante o filme nos leva a acompanhar ótimas experiências, como a excelente relação entre pai e filho e o que isso gera na vida deles no presente e no futuro (inclusive com uma nova geração vindo), torcendo para que o jovem protagonista consiga viver sua vida com felicidade, corrigindo erros do passado ou melhorando situações do presente, ainda que fúteis, inclusive com alguns momentos cômicos.

Tudo isso nos leva a pensar o que mudaríamos no nosso passado … mas creio que nenhum dos leitores tem este dom de voltar ao passado, então, para cada um de nós vale lembrar as palavras de Gandalf em “O Senhor dos Anéis”:  “O que nos cabe é decidir o que fazer com o tempo que nos é dado.

Seria ótimo podermos retornar e apagar de nossa história os erros que cometemos, mudar as situações vexatórias que passamos, impedir que viéssemos a conhecer pessoas que nos causaram mal, entre tantas outras coisas, mas, como não podemos, devemos aprender com o passado e no presente agirmos pensando em nosso futuro.

O jovem protagonista Tim nos traz um pensamento muito interessante: Nós todos estamos viajando através do tempo juntos, todos os dias de nossas vidas. Tudo o que podemos fazer é fazer o nosso melhor para saborear este passeio notável”.

Isso nos leva a pensar em como gastamos o nosso tempo e quanto tempo já perdemos, quanto já deixamos de aproveitar no convívio com nossos pais, filhos, parentes e amigos, quantas oportunidades deixamos passar. E no final é capaz de nos pegarmos cantando a música Epitáfio, dos Titãs:

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor

Vale a pena assistir a este filme, seja para refletirmos conforme colocado acima, ou apenas pelo bom filme que é, e aproveitar as interpretações de Domhnall Gleeson (filho do ator Brendan Glesson), Bill Nighy e Rachel McAdams.

Nota:

4

Sinopse: Tim (Domhnall Gleeson) faz parte de uma família de viajantes do tempo. Após descobrir o seu dom, ele passa a usá-lo em seu próprio proveito, principalmente para conquistar mulheres. É aí que ele conhece Mary (Rachel McAdams), uma garota linda, porém insegura. Usando suas habilidades nada convencionais, ele altera o tempo para construir uma linda história de amor. Mas ele também vai perceber que nem tudo está sob o nosso domínio.

Ficha Técnica:

Gênero: Comédia Dramática.
Direção: Richard Curtis.
Roteiro: Richard Curtis.
Elenco: Bill Nighy, Domhnall Gleeson, Lindsay Duncan, Margot Robbie, Rachel McAdams, Tom Hollander, Vanessa Kirby, Will Merrick.
Produção: Eric Fellner, Tim Bevan.
Trilha Sonora: Nick Laird-Clowes.
Duração: 119 min.
Ano: 2013.
País: Reino Unido.
Distribuidora: Universal Pictures.
Estúdio: Translux / Working Title Films.
Classificação: 12 anos (contém cenas de sexo não explícito).

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