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O ano mal começou e muitas pessoas só pensam nas dívidas. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mais de 60% das famílias estão endividadas. Para piorar, os dados revelam um aumento da proporção de famílias que têm pendências relacionados à cheque especial, cartão de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro, ou seja, todos os itens entre os juros mais altos do mercado

Mas é possível trabalhar numa reestruturação financeira e se livras das dívidas. Veja as dicas de Alcidney Sentallin, professor de gestão financeira da IBE-FGV e consultor de negócios.

  • Faça um diagnóstico financeiro: antes de renegociar suas dívidas, faça um levantamento, de preferência com o uso de uma planilha financeira, que, mesmo sendo simples, é uma ferramenta muito eficiente e pode ser encontrada com facilidade na internet. Considere qual a previsão de receita mensal, liste todos os seus compromissos financeiros que possam ser agrupados como custeio, apure o saldo ? a diferença entre suas receitas e seus custeios ? e assim você terá o valor efetivamente disponível para o pagamento de suas dividas
  • O apontamento das despesas: Identifique aquelas que podem e devem ser revistas, como consumo de energia elétrica, de água, combustível que não seja essencial para o seu dia a dia. Isso mostrará como custou caro alguns pequenos mimos. Liberte-se dos excessos!
  • Planeje o pagamento: após ter o domínio da sua situação financeira, você já sabe quando poderá pagar, restando agora combinar com seus credores a forma e os valores a serem pagos.
  • Evite o pagamento de juros altos: não pague parcial o cartão de crédito, não use o limite do cheque especial, pois são os meios de empréstimos mais caros que existem. Se for o caso, reveja seu endividamento e faça a portabilidade de dívidas para opções mais econômicas.
  • Você não está só: você e seu credor têm um interesse em comum ? a quitação da dívida. Renegocie para que as parcelas sejam compatíveis com o valor que dispõe para o pagamento.
  • Reveja seus hábitos de consumo: por um tempo, será preciso que você abrir mão de algumas coisas já incorporadas ao seu padrão de vida. Comece cortando pequenos confortos ou mimos que você sabe que não são indispensáveis. Lembre-se que essa é uma situação passageira e dias melhores virão.
  • Adapte-se a nova realidade: para não cair em novas armadilhas, planeje suas compras: faça lista para ter a certeza que só comprará o necessário. Isso inclui o lazer, que pode continuar a acontecer, mas pode ser revisto. Exemplo: eventos públicos, parques, exposições, cinema em dias com descontos.
  • Use sempre a razão: evite e, se possível, nunca “empreste seu nome” para que familiares ou amigos façam uso de crédito, pois por um tempo você estará no seu limite e sem margem de folga para fazer frente a qualquer eventualidade.
  • Limite-se a comprar somente o necessário: fuja das ofertas tentadoras, comprar algo mais barato que não seja essencial e pague a vista. Parcelamento sempre trará cobrança de juros, ou seja, quem compra a prazo, se endivida e paga mais caro.
  • Zele pelo seu bem estar: faça acompanhamento sistemático sobre a evolução de suas finanças, pois ao ver que está melhorando, terá a recompensa e estímulo a novos desafios e planos e, ao longo do tempo, terá uma nova educação financeira.
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