O primeiro-ministro Orbán em foto de 2017. Wikimedia Commons
O primeiro-ministro Orbán em foto de 2017. Wikimedia Commons| Foto:

O atual partido governista, a sigla pró-família Fidesz, foi novamente o vencedor das eleições parlamentares da Hungria, realizadas no domingo (08/04). Garantida por 49,29% dos votos, a vitória do partido leva seu líder Viktor Orbán ao seu quarto mandato e o terceiro consecutivo como primeiro-ministro do país: ele está no cargo desde 2010, além do período entre 1998 e 2002.

A vitória do Fidesz demonstra a ampla aprovação da população a um governo que tem andado na contramão de muitas políticas da União Europeia, com sua atenção à família e à herança cristã do continente. Com o resultado, o Fidesz garante 133 das 199 cadeiras do Parlamento húngaro.

O segundo partido mais votado foi a sigla de extrema-direita Jobbik (Movimento por uma Hungria Melhor), com 19,94% dos votos. Três partidos de esquerda completam a lista dos cinco mais votados: o Partido Socialista da Hungria (MSZP), com 12,19%, o Outra Política é Possível (LMP), com 6,75%, e a Coalizão Democrática (DK), com 5,48%. 70% dos cidadãos com direito a voto compareceram às urnas – mais do que nas três últimas eleições.

Herança cristã

Entre os feitos do governo de Orbán, está a criação de uma secretaria de Estado dedicada aos cristãos perseguidos, que oferece ajuda internacional a fiéis que são oprimidos por causa de sua fé cristã em diversas partes do mundo. “O cristianismo é uma cultura e uma civilização. Vivemos nela. Não se trata de quantas pessoas vão à igreja ou rezam com devoção. A cultura é a realidade da vida cotidiana. A cultura cristã define nossa moral, nossa ética diária”, disse o primeiro-ministro, que é luterano, no Natal do ano passado.

Em 2011, o país aprovou uma nova Constituição que, em seu preâmbulo, diz: “Somos orgulhosos que nosso rei Santo Estêvão construiu o Estado húngaro em terreno sólido e fez do nosso país uma parte da Europa cristã mil anos atrás”. O texto diz ainda que o país reconhece “o papel do cristianismo na preservação da nacionalidade” e que “a família e a nação constituem o quadro principal de nossa coexistência”.

Além disso, para combater a crise demográfica e não precisar recorrer à mão-de-obra migrante, Orbán – que tem cinco filhos – lançou diversas políticas de apoio à natalidade. Famílias com duas crianças ou mais ganham subsídios mensais do governo, tanto diretamente quanto em descontos nos impostos. Quem tem ou promete ter três filhos ganha ainda uma subvenção de 32 mil euros – cerca de 135 mil reais – para comprar ou construir uma casa. A licença-maternidade pode chegar a três anos.

Com esse pacote, a Hungria já tem uma taxa de natalidade de 1,4 filhos por mulher – em 2011 era de 1,23 – e pretende chegar aos 2,1 em 2030. Ademais, durante o governo de Orbán, o país saiu de uma crise severa e agora tem um crescimento de 4,4% do seu PIB e reduziu o desemprego de 11,4% para 3,8%.

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