Manuela na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (foto: Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul).
Manuela na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (foto: Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul).| Foto:
 

Manuela d’Ávila foi confirmada como pré-candidata à Presidência da República no dia 17 de novembro, pelo PCdoB, partido que desde 1985 não teve nenhum candidato concorrendo ao maior cargo político do país. Jornalista por formação, atualmente ela é deputada estadual no Rio Grande do Sul. Embora jovem – tem apenas 36 anos de idade – sua trajetória política é longa, sendo eleita pela primeira vez para o mandato de vereadora aos 23 anos e posteriormente assumido o cargo de deputada federal por dois mandatos (2007 a 2014), ocasiões nas quais ela se tornou a deputada mais votada do estado. Casada com o músico Duda Leindecker, Manuela também é mãe. Sua filha de 2 anos, se chama Laura.

No que diz respeito aos temas morais, Manuela tende a seguir os posicionamentos clássicos dos partidos comunistas. Veja como ela já se manifestou sobre alguns desses assuntos:

 

Religião

Em entrevista à Folha de São Paulo, em 20 de novembro, Manuela disse que sua origem é cristã. A resposta veio quando ela foi perguntada sobre um possível embate com a bancada evangélica, em questões relacionadas ao aborto ou homofobia. Diante disso, Manuela disse que os cristãos são um povo que acredita no amor ao próximo. “Acho que o povo evangélico, povo cristão – minha origem é cristã – é um povo que acredita no amor ao próximo”. Ela não frequenta, contudo, nenhuma igreja e não se identifica como pertencente a alguma denominação cristã.

 

Aborto

 Em 2014, durante uma entrevista ao programa Agora é Tarde, de Rafinha Bastos, Manuela disse que é a favor da legalização do aborto, por considerar a prática “uma questão de respeito às mulheres”. Na ocasião, a deputada afirmou que “todo mundo fala: ‘é um debate sobre a vida’. E eu quero debater a vida das mulheres que morrem se submetendo a processos clandestinos. E as mulheres pobres, porque as mulheres ricas vão em clínicas maravilhosas como se fossem legalizadas e não morrem. Então esse também é um problema de classe social. As ricas não morrem fazendo aborto”,

O que Ciro Gomes pensa sobre religião, aborto e casamento gay

Em entrevista recente ao UOL, em 11 de novembro, Manuela disse que este tema será um dos pontos abordados em sua campanha e criticou a PEC 181/15, que trata da licença-maternidade no caso de prematuros e inclui o termo “desde a concepção” na Constituição, blindando o país contra novas tentativas de legalização da prática. Para ela, a proposta contribuirá para o aumento do ódio e da intolerância e pode, inclusive, agravar a crise. “É uma agenda que precisa ter a página virada em 2018”, pontuou durante a conversa com o jornalista Marcos Cândido. Na entrevista concedida à Folha de São Paulo, em 20 de novembro, a deputada reforçou seu entendimento de que o aborto precisa ser tratado como uma questão de saúde pública, justificando a posição com o suposto alto índice de mortes maternas causados por abortos clandestinos.

 

Manuela, numa das manifestações LGBT ocorridas neste ano (foto: reprodução/Facebook). Manuela, numa das manifestações LGBT ocorridas neste ano (foto: reprodução/Facebook).

Casamento gay

 É completamente a favor. Em junho de 2015, em uma publicação em sua página no Facebook, ela parabenizou a atitude do governo norte-americano em aprovar o casamento gay. Com a imagem de um mapa que mostrava os poucos países em que o casamento gay era aceito, na época, ela disse: “ O mapa abaixo, com os poucos países que aceitam o casamento entre homossexuais, deixa claro o quanto ainda é preciso avançar. Respeitar a diversidade é apoiar o amor. Seguimos na luta!”.

 

Drogas

 Em entrevista à revista Veja, em 16 de novembro, Manuela disse que a discussão da legalização das drogas deve ser feita sob a perspectiva proposta pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que já deu declarações favoráveis à legalização. “Quantos jovens morrem, qual é a situação da segurança, qual o resultado concreto. Os números mostram que a violência aumentou a partir de uma política de guerra às drogas. O Brasil pode fazer esse debate, vinculando inclusive a tributação das drogas a campanhas educativas de prevenção do consumo de todas as drogas. O Brasil subestima o consumo de drogas lícitas”.

O que Geraldo Alckmin pensa sobre religião, aborto, casamento gay e drogas

Manuela reforçou esse posicionamento em um bate-papo realizado nas redes sociais, na semana seguinte, ao ser questionada por um seguidor sobre sua visão em relação ao tema: “Minha visão é que o Brasil perde 40 mil jovens por ano na guerra às drogas. Partilho da ideia do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que acredita que precisamos salvar esses jovens”. Ela se referia, segundo o site Rede Brasil Atual, à defesa da descriminalização do uso como um dos pontos e partida para se enfrentar o narcotráfico. A deputada lembrou também que muito se fala no Brasil sobre as drogas ilícitas, mas que as lícitas, como o álcool, também constroem uma sociedade violenta.

 

Armas

A deputada é contrária à revogação do estatuto do desamamento e crítica das propostas de Jair Bolsonaro sobre o tema. Durante o mesmo bate-papo mencionado no parágrafo acima, Manuela acusou Bolsonaro de simplismo, dizendo que ele apenas defende que a população tenha armas nas mãos, mas não mostra projetos consistentes voltados à àrea. “Qual é a proposta que o outro tem para a segurança pública? Nenhuma, a não ser a ideia de que todo mundo tem que se armar para se defender”.

*****

Recomendamos também:

***

Curta nossa página no Facebook e siga-no no Twitter.

Deixe sua opinião