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O nome do atual ministro da Fazenda ainda aparece tímido nas pesquisas de intenção de voto – chegando a cerca de 3%. Sua candidatura sequer foi anunciada, mas, de acordo com o Estado de Minas, a decisão pode vir até abril. No dia 21 de dezembro, na sede do Partido Social Democrático (PSD), ao qual Meirelles é filiado, o ministro afirmou que a decisão dependerá de uma série de fatores — como a disposição pessoal, a vontade do PSD e as coligações partidárias.

Apesar de pertencer a uma família de políticos e ter um nome bastante conhecido no meio corporativo, principalmente por sua atuação como presidente mundial do BankBoston, Meirelles só entrou na vida política brasileira no início dos anos 2000. Na época, ele se filiou ao PSDB. Nos oito anos à frente do Banco Central, durante os dois mandatos do ex-presidente Lula, procurou combater a alta inflação no país.

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Entretanto, mesmo com toda sua bagagem profissional, o ministro nunca concorreu a nenhum cargo eletivo. Por esse motivo, seu posicionamento sobre determinados assuntos não é facilmente encontrado em entrevistas e reportagens. Um exemplo são temas morais como o aborto e o casamento gay, comumente verificados pelo Sempre Família nesta série de matérias sobre as eleições de 2018.

Como citado pela Gazeta do Povo, em novembro, o ministro “pouco se manifesta sobre seu posicionamento com relação a comportamento e costumes”. Ainda assim, nos últimos tempos, ele começou a se aproximar dos eleitores evangélicos, “indicando ter uma tendência mais conservadora do que liberal nos costumes”. Quando trata de religião, Meirelles se intitula “católico por formação”. De acordo com o ministro, sua família sempre foi católica.

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Em entrevista ao Estadão, em outubro, ele disse que tem estado mais perto de igrejas como a Assembleia de Deus, porque ela demonstra concordância com os valores que ele julga serem importantes para a sociedade. “É, em parte, a mensagem das igrejas: gastar só o que se ganha, não tomar dinheiro emprestado para fazer gasto corrente”, diz. Mas além disso, claro, Meirelles pode estar mirando na força de voto dos evangélicos, que são quase 30% dos eleitores no país.

Questionado na mesma entrevista, se estaria em contato somente com esta denominação, Meirelles afirmou que está falando com líderes de outras igrejas como os presbiterianos. “Encaro com muito entusiasmo esse apoio dos evangélicos. A mensagem é essa: acho importante para o País”.

Em setembro, Meirelles gravou um vídeo em que pede orações a pastores evangélicos, pela economia do país. O material era destinado aos pastores da Assembleia de Deus em Madureira, no Rio, e mostrava a preocupação do ministro com o fato de o país estar passando por uma grande recessão.

Aborto, casamento gay e demais assuntos morais

O posicionamento de Meirelles em relação a essas questões ainda não é conhecido. Comumente, as entrevistas que concede giram em torno da economia brasileira, devido ao seu cargo e à sua experiência no mercado financeiro. Possivelmente, se sua candidatura à presidência da República for confirmada, esses temas passarão a ser mais recorrentes em suas falas. Esta matéria fica, portanto, aberta a atualizações.

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