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A assembleia legislativa do estado norte-americano de Utah deu um grande passo na luta contra a exploração sexual. Em março, a câmara aprovou uma resolução que declara a pornografia uma “crise de saúde pública” no estado.

A resolução, esboçada pelo Centro Nacional sobre a Exploração Sexual (NCOSE, na sigla em inglês), foi aprovada de forma unânime e reconhece a pornografia como uma ameaça para a saúde e o bem-estar dos residentes no estado.

“Esse é um problema sério”, disse o senador Todd Weiler, que chamou a atenção pelo apoio entusiasmado à proposta. “Essa não é uma mera resolução ingênua, mas sublinha a pesquisa científica a respeito dos danos causados pela pornografia”.

A resolução cita pesquisas que mostram que o consumo de pornografia ataca a autoestima, leva a visões distorcidas e nocivas do sexo e dos relacionamentos, favorece a infidelidade e é uma das principais causas de divórcio.

O que a resolução significa

Não se trata de uma lei: a resolução não propõe qualquer proibição ou restrição a material pornográfico, mas simplesmente reconhece o seu consumo como um problema que necessita de recursos com vistas à educação e à conscientização a respeito de seus efeitos nocivos.

Em vez de tirar o direito dos adultos de ver pornografia, a resolução promove a ciência e a pesquisa que têm descoberto os efeitos negativos da pornografia nos indivíduos, nos relacionamentos e na sociedade. O seu objetivo é limitar a difusão da epidemia que se experimenta hoje em dia, de maneira similar a quando se começou a conscientizar sobre os efeitos nocivos do tabaco, quando as evidências começaram a mostrá-los.

“Minha meta em aprovar essa resolução é iniciar um movimento nacional que faça com a pornografia a mesma coisa que o nosso país fez com o tabaco – não banir, mas proteger as nossas crianças”, disse Weiler. Uma das diretrizes da proposta é dar a oportunidade para que se faça a opção pela inclusão ou não do acesso a sites pornográficos já ao contratar o provedor de internet. Com essa opção de filtro embutido, os pais que não querem pornografia em sua casa não precisariam se preocupar com a exposição dos seus filhos a esse tipo de conteúdo.

“Com poucos cliques, eles podem ver algumas das mais vis e nojentas imagens que a mente pode imaginar”, disse Weiler. “Achar que isso não tem impacto em nossos valores, na nossa sociedade, na nossa cultura e no desenvolvimento cerebral dos nossos adolescentes é muito ingênuo”. Ele acrescentou que a aprovação da resolução envia “um forte sinal de que isso é algo com o qual devemos nos preocupar”.

 

Com informações de Fight the New Drug

Colaborou: Felipe Koller

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