O papel dos educadores durante a Páscoa
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Páscoa, tempo de chocolates e celebrações religiosas. Para os educadores, o feriado da Páscoa é sempre complexo, seja pela questão alimentar, seja pelo ensino nas escolas laicas.

Primeiro, a questão da alimentação deve ser levada em consideração, já que as crianças se enchem de chocolates e muitas vezes têm grandes problemas estomacais. O cuidado com a dieta balanceada dos nossos pequenos não deve ser deixado de lado nessas épocas festivas. E é preciso bom senso.

Mas muito além do lado alimentar, a Páscoa é um momento delicado para as escolas não religiosas. As formas de lidar com a realidade de crença familiar de cada um dos alunos acabam sendo variadas, já que o ambiente escolar muitas vezes não trabalha a espiritualidade.

O feriado e o mês que o antecede é sempre um momento de festas, união das famílias, viagens e recesso escolar. Mas também é tempo de dar um ovo de Páscoa, ou pintar ovos de galinha na escola…

A família, quando escolhe uma escola, observa qual a filosofia que a instituição de ensino segue, embora feriados como a Páscoa e o Natal sejam celebrados por praticamente todas os colégios.

As formas de fazer a gestão das ações durante a Páscoa numa escola laica vão além de lidar com este tempo de chocolates. É preciso estimular reflexões, a solidariedade e ouvir as crianças compartilharem o que acontecem nas igrejas que suas famílias participam, pois cada criança vive uma realidade religiosa.

Em sua atuação, o professor precisa ser muito leve e capaz de subsidiar os conflitos que certamente ocorrerão. As escolas particulares não têm a obrigatoriedade do ensino religioso, portanto a firmação  do professor é muito valiosa para que esses conflitos sejam geridos com qualidade.

Religião e religiosidade são concepções que vêm da família, e acredito que não cabe à escola exercer este papel. Como educadores, temos a responsabilidade de formar conhecimentos dos vários tipos de religião e fé existentes no mundo, mas não de escolher alguma delas exclusivamente.

O papel da escola é diferente, já que ensinar a espiritualidade às crianças é responsabilidade da primeira instituição das nossas vidas: a família.

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