Como ajudar as crianças a se tornarem pessoas emocionalmente inteligentes?
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Todos sabemos que competências comportamentais relacionadas à inteligência emocional podem ser aprendidas ao longo da vida, tanto pelos adultos quanto pelas crianças. Fazem parte dessas competências, comportamentos como a empatia, conscientização, autocontrole, motivação, flexibilidade e autoconhecimento.

Uma pessoa emocionalmente inteligente é capaz de identificar as próprias emoções e gerir as reações emocionais de forma adequada.

Como escola, não podemos nos furtar da responsabilidade de auxiliar nessa aprendizagem, que muitas vezes é adquirida dentro do espaço escolar. A incapacidade de lidar com as emoções se tornou um dos grandes desafios a serem vencidos pelas instituições de ensino do país.

Estamos vivenciando uma época de transição no que se refere a educação repassada pelas famílias. Antigamente, por exemplo, era difícil que a criança ganhasse presentes em datas que não fossem seu aniversário, Natal, Dia das Crianças, etc. Esse panorama vem sofrendo alterações e atualmente muitos pais tem cedido aos desejos dos filhos gastando, inclusive, o que não podem com agrados e mimos.

Toda essa situação contribui para tornar esse estudante uma pessoa com inúmeras dificuldades e sofrimentos no âmbito social. Para as crianças, a escola é o primeiro divisor de águas entre o ninho familiar e a sociedade em geral. O ato de negligenciar a emoção do outro tem se tornado um comportamento normal entre esses jovens. Eu até arriscaria dizer que a tecnologia tem uma parcela de culpa nisso tudo, pois muitas vezes ela torna esse ser humano mais introspectivo, egoísta, focado em si e em seus relacionamentos virtuais.

Esse novo cenário traz consigo a perda de valiosos comportamentos e competências que superam em muito a habilidade do saber. Já parou para pensar em quantas pessoas você conhece que são ricas em conhecimento e absolutamente complexas perante a sociedade?

Quando as crianças não são ensinadas a controlar suas emoções e compreender suas variações de humor, a convivência social se torna predatória e dificultosa. Eis aí um dos papéis fundamentais da boa parceria entre escola e família: tornar as crianças seres capazes de controlar seus impulsos, tornando-se menos agressivas e mais sociáveis. Quanto antes elas aprenderem essas lições melhor, pois saberão lidar com seu estado emocional e assim, consequentemente, se tornarão adultos confiantes e seguros para buscar soluções para seus problemas.

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